Mais depressa se cansa um amigo de louvar, que um inimigo de injuriar
O provérbio diz que o elogio por parte de quem nos quer bem tende a durar menos do que a crítica ou o insulto de quem nos é adversário; a censura persiste mais que o louvor.
Versão neutra
Um amigo cansa‑se de elogiar mais depressa do que um inimigo se cansa de criticar.
Faqs
- O que significa este provérbio de forma simples?
Significa que as pessoas que nos elogiam tendem a fazê‑lo por menos tempo do que as pessoas que nos criticam ou ofendem; a crítica costuma persistir mais que o louvor. - É um provérbio pessimista?
Tem um tom cauteloso e realista sobre a natureza humana, mas não é inteiramente pessimista: serve sobretudo para alertar sobre a fragilidade do elogio e a necessidade de cultivá‑lo de forma consciente. - Quando é adequado usar este provérbio?
Quando se quer explicar por que o reconhecimento se esgota ou justificar a necessidade de diversificar formas de valorização — por exemplo, em liderança, educação ou relações públicas. - Devo deixar de elogiar para não 'cansar' as pessoas?
Não; o conselho implícito é usar elogios autênticos, específicos e regulares em vez de repetição vazia. O reconhecimento estratégico evita que o elogio se torne ineficaz.
Notas de uso
- Usa‑se para advertir contra a expectativa de elogios contínuos e para explicar por que o reconhecimento tende a diminuir com o tempo.
- É apropriado em contextos sociais, profissionais e políticos quando se fala sobre reputação, motivação e relações públicas.
- Tom: tradicionalmente um tanto sentencioso; pode soar cínico se usado isoladamente.
- Pode servir de conselho prático para gestores: distribuir reconhecimento de forma consistente e autêntica evita que o elogio se torne indiferente.
Exemplos
- O director ficou desapontado quando as felicitações pela campanha acabaram; lembrou‑se do provérbio: mais depressa se cansa um amigo de louvar, que um inimigo de injuriar.
- No debate político, os comentários negativos continuaram a circular enquanto os elogios dos apoiantes perderam força — é a prática do provérbio.
- Quando substituímos elogios genéricos por feedback concreto e regular, evitamos que os colaboradores se 'cansarem de louvar'.
Variações Sinónimos
- Mais depressa cansa o amigo de elogiar do que o inimigo de injuriar.
- Um amigo enjoa de louvar antes que um inimigo enjoe de injuriar.
- O elogio de amigo dura menos que a injúria do inimigo.
Relacionados
- A língua não tem osso, mas quebra ossos (sobre o poder das palavras)
- Não há bem que sempre dure (sobre a impermanência de coisas positivas)
- Familiaridade gera desprezo (familiarity breeds contempt) — relação com a perda de valor do elogio repetido
Contrapontos
- Elogios bem colocados e sinceros reforçam relações; o provérbio não invalida o poder positivo do reconhecimento.
- Em ambientes com cultura de reconhecimento, o elogio mantém‑se e não se 'cansa' tão depressa.
- O inimigo nem sempre persiste na injúria — em alguns casos as críticas também se esgotam ou perdem impacto.
Equivalentes
- Português (variante moderna)
Um amigo cansa‑se de elogiar mais depressa do que um inimigo cansa de criticar. - Espanhol
Antes se cansa un amigo de alabar que un enemigo de injuriar. - Inglês (tradução livre)
A friend tires of praising sooner than an enemy tires of insulting. - Francês (tradução livre)
Un ami se lasse vite de louer, plus qu'un ennemi de blesser.