Mais homens se afogam num copo do que no mar.
Advertência de que pequenos vícios, preocupações ou excessos quotidianos podem causar mais prejuízo do que perigos ostensivamente maiores; também usado para criticar a tendência de exagerar problemas menores.
Versão neutra
Mais pessoas são prejudicadas por pequenos excessos do que por grandes perigos evidentes.
Faqs
- O provérbio é literal?
Não. Trata‑se de uma hipérbole que sublinha como pequenos excessos ou problemas quotidianos podem causar mais danos do que percalços evidentes ou raros. - Em que situações posso usar este provérbio?
Quando quiser alertar para o risco de negligenciar hábitos aparentemente inofensivos (consumo, gastos, comportamentos) ou para criticar quem exagera problemas insignificantes. - Há alguma origem documentada do provérbio?
Não existe uma autoria clara; é um provérbio popular encontrado em várias línguas e culturas, usado há muito tempo em sentido figurado.
Notas de uso
- Usa-se em contexto proverbial para alertar sobre riscos cotidianos (por exemplo, consumo excessivo de álcool) ou sobre a importância das pequenas coisas.
- Tom figurado: raramente significa afogamento literal; é uma hipérbole para enfatizar consequências desproporcionadas de actos aparentemente pequenos.
- Registo informal ou coloquial; apropriado em conversas, textos de opinião e advertências práticas.
- Pode ser aplicado a situações económicas, emocionais ou de saúde, não apenas a dependências.
Exemplos
- Após ver vários colegas perderem o emprego por problemas com o álcool, comentou: «É verdade, mais homens se afogam num copo do que no mar.»
- O aluno desistiu por uma nota negativa e não por falta de capacidade; é um bom exemplo de como mais pessoas se afogam num copo do que no mar.
- Quando se trata de finanças pessoais, pequenas despesas diárias podem arruinar um orçamento: mais homens se afogam num copo do que no mar.
Variações Sinónimos
- Mais homens se afogam num copo do que no oceano
- Mais pessoas se perdem por um copo do que pelo mar
- As pequenas coisas fazem mais mal do que as grandes
- São os pequenos excessos que matam mais do que os grandes perigos
Relacionados
- A gota de água que fez transbordar o copo (idioma/expressão relacionada)
- Quem semeia ventos colhe tempestades
- Mais vale prevenir do que remediar
- De grão em grão enche a galinha o papo (sobre acumulação de pequenos actos)
Contrapontos
- Tom literal: o provérbio não substitui medidas de segurança face a perigos reais do mar ou de outras situações.
- Pode ser usado de forma injusta para minimizar problemas estruturais maiores (ex.: saúde pública, pobreza).
- Ao aplicar-se a dependências, há o risco de estigmatizar pessoas com problemas de adição em vez de reconhecer causas sociais e médicas.
Equivalentes
- inglês
More men are drowned in a glass of water than in the sea. - espanhol
Más hombres se ahogan en un vaso de agua que en el mar. - francês
On se noie plus dans un verre d'eau que dans la mer.