Mal com mal se cura

Mal com mal se cura.

Sugere que um acto prejudicial se resolve recorrendo a outro acto igualmente prejudicial — frequentemente usado para justificar retaliação.

Versão neutra

Um mal tende a ser combatido por medidas igualmente enérgicas.

Significa que devemos sempre responder mal com mal?
Não necessariamente. O provérbio descreve uma atitude de retaliação comum em certas situações, mas não constitui uma recomendação ética universal. A aceitação ou rejeição depende do contexto moral, legal e prático.
Qual é a origem desta expressão?
A origem precisa é incerta; trata-se de um dito popular transmitido oralmente na tradição ibérica. Está relacionado com a ideia de retribuição presente em muitas culturas.
Quando é aceitável usar este provérbio?
É adequado em contextos informais para descrever atitudes retaliatórias ou para criticar esse tipo de resposta. Em contextos profissionais, legais ou de mediação, convém usar termos que favoreçam proporcionalidade e soluções construtivas.

Expressa uma visão pragmática ou vingativa: combater um agravo com meios semelhantes.
Pode ser usado de forma crítica ou irónica para descrever retribuição.
É moralmente controverso; em contextos formais ou jurídicos deve ser evitado como orientação.
Tem aplicação informal em conversas, literatura e reflexão sobre justiça e vingança.

Depois do roubo, alguns moradores diziam que 'mal com mal se cura' e pediam punições severas; outros defenderam uma abordagem legal e proporcional.
No debate acerca das políticas de segurança, usar a expressão 'mal com mal se cura' pode indicar preferência por medidas punitivas em vez de soluções preventivas.

Dois erros não fazem um certo — responder mal com mal não corrige o erro inicial.
Princípios jurídicos exigem proporcionalidade; a retaliação indiscriminada pode ser ilegal.
Argumentos éticos preferem soluções restaurativas ou preventivas em vez de vingança.