Mal se dói o forte e rico do pobre faminto

Mal se dói o forte e rico do pobre faminto.
 ... Mal se dói o forte e rico do pobre faminto.

Quando o povo está faminto e sofre, essa situação acaba por afetar negativamente os poderosos e os ricos.

Versão neutra

Quando o povo está faminto, os ricos e poderosos acabam por sofrer as consequências.

Faqs

  • Qual é a ideia central deste provérbio?
    A ideia central é que a fome e a miséria entre a população podem provocar perturbações — económicas, políticas ou sociais — que acabam por afectar também os ricos e os poderosos.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Usa‑se em contextos de comentário social, histórico ou político para sublinhar o risco de negligenciar necessidades básicas. É mais adequado em registos formais ou literários devido ao tom arcaico.
  • Tem origem conhecida ou autor identificado?
    Não há registo de autor ou data precisa; trata‑se de um provérbio de origem popular e formulação antiga no português.

Notas de uso

  • Expressa uma advertência social: a miséria e a fome podem gerar instabilidade que prejudica as classes privilegiadas.
  • Linguagem arcaica (construção e vocabulário); adequado em contextos literários, históricos ou analíticos.
  • Usa‑se para alertar governantes, elites económicas ou gestores sobre as consequências de negligenciar necessidades básicas da população.
  • Não é um apelo à violência, antes um reconhecimento prático de que injustiças profundas têm custos para toda a sociedade.

Exemplos

  • Durante a crise, os líderes lembraram‑se do provérbio: mal se dói o forte e rico do pobre faminto, e aceleraram medidas de apoio alimentar.
  • As greves e revoltas mostraram que, de facto, mal se dói o forte e rico do pobre faminto — a instabilidade económica atingiu também os mais abastados.

Variações Sinónimos

  • Quando o povo passa fome, também os ricos padecem.
  • A fome do povo traz danos aos poderosos.
  • A miséria dos muitos acaba por ferir os poucos abastados.

Relacionados

  • Quem tem fome não tem outra lei (variações que destacam urgência da necessidade)
  • Pão e trabalho ou há revolta (formas populares que ligam subsistência e ordem social)
  • A fome é má conselheira (sobre os efeitos da privação)

Contrapontos

  • Nem sempre a fome leva a revolta: em sociedades com mecanismos de controlo ou repressão, as elites podem evitar consequências imediatas.
  • Existem programas de assistência e instituições que, se eficazes, previnem que a miséria afete os ricos.
  • A frase alerta para consequências sociais, mas não explica causas complexas nem soluções técnicas para a desigualdade.

Equivalentes

  • Inglês
    The hunger of the poor harms the strong and the rich (warning that the suffering of the poor can have consequences for the powerful).
  • Espanhol
    Mal le duele al fuerte y al rico el pobre hambriento (advertencia sobre las consecuencias sociales del hambre).
  • Francês
    La faim du pauvre nuit au fort et au riche (mise en garde contre les conséquences sociales de la misère).