Melhor é dente podre que cova na boca

Melhor é dente podre que cova na boca.
 ... Melhor é dente podre que cova na boca.

É preferível conviver com um problema menor conhecido do que lidar com uma situação grave ou irreversível.

Versão neutra

É preferível um problema conhecido e suportável do que uma situação irreversível ou fatal.

Faqs

  • O que quer dizer literalmente 'dente podre' e 'cova na boca'?
    Literalmente, 'dente podre' é um dente estragado, um incómodo mas não fatal; 'cova na boca' metaforiza a morte ou uma consequência irreversível. O provérbio contrasta um mal menor com um mal extremo.
  • Posso usar este provérbio em contextos formais?
    É sobretudo coloquial. Em contextos formais, prefira versões neutras como 'É preferível um problema conhecido e suportável do que uma situação irreversível'.
  • Este provérbio incentiva a não resolver problemas pequenos?
    Não necessariamente. Serve para justificar aceitar um mal menor quando a alternativa seria muito pior; não deve ser usado como razão para negligenciar reparações que evitariam agravamento.

Notas de uso

  • Uso coloquial; comum em contextos familiares e regionais.
  • Emprega-se para justificar a escolha de uma solução desconfortável mas segura em vez de arriscar algo que pode ter consequências piores.
  • Não legitima negligência prolongada: aplica-se quando a alternativa é claramente pior, não como convite à inação diante de problemas que podem ser resolvidos.
  • Sem conotação técnica; metáfora que contrasta um mal menor (dente podre) com o pior absoluto (cova na boca).

Exemplos

  • Preferi manter o contrato antigo com um fornecedor problemático porque mudar agora sem garantias poderia pôr a empresa em risco — melhor é dente podre que cova na boca.
  • Quando o médico disse que a cirurgia tinha riscos enormes, ela optou por um tratamento conservador: julgou que era melhor um problema controlável do que correr o risco de complicações fatais.

Variações Sinónimos

  • Antes dente podre do que cova na boca.
  • Mais vale um mal conhecido do que um mal que não se conhece.
  • Melhor um problema suportável do que uma catástrofe.

Relacionados

  • Melhor o diabo que se conhece do que o que se conhece pouco (variação do conhecido 'melhor o diabo que se conhece').
  • Prevenir é melhor do que remediar (quando o foco é evitar que o problema piore).

Contrapontos

  • Nem sempre convém aceitar um mal menor: problemas pequenos podem agravar-se se não forem tratados atempadamente.
  • A expressão pode ser usada para justificar acomodação a más condições em vez de procurar soluções que melhorem a situação a longo prazo.
  • Avaliar riscos concretos é essencial; preferir algo ‘conhecido’ nem sempre é racional se existem alternativas seguras.

Equivalentes

  • Inglês
    Better the devil you know than the devil you don't (prefer a known problem to an unknown worse one).
  • Espanhol
    Mejor malo conocido que bueno por conocer (equivalente aproximado).