Melhor fanho que se nariz.
É preferível um defeito pequeno e conhecido a um problema maior ou incómodo desconhecido — escolher o mal menor.
Versão neutra
Mais vale um defeito conhecido do que um perigo maior desconhecido.
Faqs
- O que significa literalmente ‘fanho’?
Literalmente, 'fanho' descreve alguém que fala com voz nasal ou com dificuldade na articulação de certos sons. No provérbio, é figurativo: representa um defeito conhecido e tolerável. - Posso usar este provérbio em qualquer contexto?
É apropriado em discussões informais sobre escolhas práticas. Evite usá‑lo de modo a estigmatizar pessoas com problemas de fala ou outras deficiências; prefira versões neutras quando necessário.
Notas de uso
- Usa‑se para justificar escolhas pragmáticas: optar por algo aceitável e previsível em vez de arriscar um resultado pior.
- Tom coloquial; costuma aparecer em conversas informais e em contextos onde se compara alternativas imperfeitas.
- Evitar uso literal para descrever pessoas com dificuldades de fala — o provérbio refere‑se a situações e opções, não deve ser usado de forma pejorativa contra deficiências.
Exemplos
- Não mudeis de fornecedor sem garantias — melhor fanho que se nariz: fica com o pequeno atraso conhecido em vez de arriscar uma falência inesperada.
- Se o empregado atual tem um mau hábito, mas cumpre, às vezes é melhor mantê‑lo; melhor fanho que se nariz.
Variações Sinónimos
- Melhor fanho que nariz.
- Mais vale o defeito conhecido que o desconhecido.
- Melhor o mal conhecido do que o mal por conhecer.
Relacionados
- Mais vale o mau conhecido do que o bom por conhecer (variação semelhante)
- Antes o pobre conhecido que o rico nomeado (mesma ideia de preferir o certo ao incerto)
- Antes feio do que mal acompanhado (idea de escolher o menor dos males)
Contrapontos
- Em decisões onde a mudança pode trazer grande benefício, preferir o 'mal conhecido' pode impedir melhorias importantes — cuidado com conservadorismo automático.
- O provérbio pode ser usado para justificar inércia ou más práticas; é prudente avaliar riscos e benefícios concretos antes de aplicar a máxima.
- Evitar interpretações que desvalorizem ou ridicularizem pessoas com necessidades especiais.
Equivalentes
- inglês
Better the devil you know than the devil you don't. - espanhol
Más vale lo malo conocido que lo bueno por conocer.