Menino bom não se cria

Menino bom não se cria.

Sugere que a bondade ou certas qualidades morais são inatas e não podem ser fabricadas apenas pela educação.

Versão neutra

A bondade de uma criança tende a ser inata e não se consegue fabricar apenas com disciplina ou treino.

O que significa exactamente este provérbio?
Indica a crença de que certas qualidades morais — como a bondade — são sobretudo inatas e não podem ser simplesmente 'criadas' pela educação.
É apropriado usá‑lo ao falar de educação de crianças?
Depende do contexto. Pode ser usado para reconhecer qualidades naturais, mas também pode ser interpretado como uma desculpa para não investir em educação. Em contextos pedagógicos, é preferível discutir evidências sobre desenvolvimento e aprendizagem.
Tem origem conhecida?
Não; trata‑se de um provérbio de origem popular transmitido oralmente, sem fonte documental única identificada.

Usa‑se para justificar a ideia de que o carácter de alguém é sobretudo natural e difícil de alterar.
Pode servir como elogio (reconhecendo que alguém já nasceu com boas qualidades) ou como desculpa para não investir em educação/formação.
Tomar o provérbio ao pé da letra reflecte uma visão determinista; em contextos pedagógicos é frequentemente contraposto por argumentos sobre a importância da educação.
Registo: coloquial e proverbial; comum em conversas informais e literaturas de sabedoria popular.

Quando lhe perguntaram porque não brigava para ensinar-lhe boas maneiras, o avô suspirou e disse: «Menino bom não se cria» — queria dizer que o neto já tinha jeito natural para a honestidade.
Discutiam se valia a pena gastar muito tempo a formar o rapaz em determinados hábitos; numa frase curta, alguém concluiu: «Menino bom não se cria», sugerindo que não seria preciso forçar mudanças profundas.

De pequenino se torce o pepino — enfatiza que a educação precoce molda o carácter
Quem bem ensina, bem cria — defende que a formação e o ensino são determinantes
A educação faz o homem — contrapõe a ideia de inatismo