Mente quem dá com a língua no dente.
Adverte contra a falta de confiança em quem revela segredos por falar sem cuidado; critica quem descobre ou prova a sua falta de honestidade ao falar demais.
Versão neutra
Quem revela segredos por descuido não merece confiança.
Faqs
- Quando se usa este provérbio?
Usa‑se para censurar ou advertir alguém que revela segredos ou fala sem cuidado, mostrando‑se assim pouco digno de confiança. - É ofensivo dizer a alguém «mente quem dá com a língua no dente»?
Pode ser interpretado como crítica forte à confiança da pessoa. Dependendo do tom e do contexto, funciona como reparo, aviso ou acusação. - O provérbio aplica‑se sempre?
Não necessariamente. Há situações em que revelar informação é correcto (p.ex. denunciar ilegalidades). O provérbio aponta sobretudo para a imprudência de falar sem cuidado.
Notas de uso
- Usa‑se para censurar quem fala demais ou revela confidências e, por isso, não merece confiança.
- Relaciona‑se com a expressão idiomática moderna «dar com a língua nos dentes» (soltar um segredo).
- Pode ser empregue de forma séria (acusação de pouca confiabilidade) ou em tom admonitório/educativo (advertência a alguém).
- Forma e grafia podem variar (p.ex. plural «dentes») sem alteração significativa do sentido.
Exemplos
- Quando disse aos amigos o que se passara na reunião e depois negou, percebeu‑se que mente quem dá com a língua no dente.
- Não lhe contes aquilo se não quiseres que se espalhe — mente quem dá com a língua no dente.
Variações Sinónimos
- Dar com a língua nos dentes
- Mente quem dá com a língua nos dentes (variante plural)
- Quem fala demais não é de confiança
- Quem solta segredos não merece confiança
Relacionados
- Em boca fechada não entra mosca
- Quem muito fala, pouco acerta
- Quem conta um conto, acrescenta um ponto
Contrapontos
- Nem toda a revelação é censurável: expor abusos ou denunciar condutas ilegais pode ser necessário e moralmente justificável.
- Guardar segredos pode ser prejudicial se impedir a proteção de terceiros; o provérbio não absolve a obrigação de agir em situações de risco.
- A expressão critica a imprudência de falar sem pensar, mas não distingue intenção (descuidos inocentes versus traição deliberada).
Equivalentes
- inglês
Loose lips sink ships / To let the cat out of the bag - espanhol
Se le fue la lengua / Soltar la lengua - francês
Vendre la mèche (donner la mèche) - italiano
Scappare di bocca / Lasciare scappare un segreto