Mercador afidalgado, nunca medrado.

Quem comercia com atitudes, hábitos ou expectativas de fidalgo (nobreza) tende a não prosperar no negócio.

Versão neutra

Quem exerce comércio com modos e mentalidade de nobre tende a não prosperar.

O que quer dizer exactamente este provérbio?
Significa que quem pratica comércio mantendo atitudes, hábitos ou expectativas próprias da nobreza — como desprezo pelo lucro, excessiva formalidade ou recusa em ajustar preços — tende a não prosperar. É uma observação sobre incompatibilidade entre certas atitudes e a atividade comercial.
É ofensivo usar este provérbio hoje em dia?
Pode ser. O provérbio partilha juízos sobre classe social e comportamentos; em contextos modernos é aconselhável usá‑lo com cuidado para não ferir ou estigmatizar pessoas por origem social.
Tem base histórica?
Reflete noções históricas: durante séculos houve distinções sociais fortes entre nobreza e comerciantes, e a ideia de que os nobres não tinham as aptidões práticas do comércio foi comum. Contudo, há muitos contraexemplos de sucesso quando houve adaptação.
Como usar este provérbio num comentário prático?
Use‑o para criticar comportamentos contraproducentes num negócio — por exemplo, recusa em fazer promoções, desdém pelos clientes ou falta de atenção à procura — e não como ataque à pessoa por nascimento.

Provérbio de tom tradicional e algo crítico sobre a incompatibilidade entre certos hábitos de nobreza e a prática comercial.
Usa‑se para apontar que atitudes de arrogância, desprezo pelo lucro ou falta de pragmatismo prejudicam o sucesso empresarial.
Tem conotação social/classista — hoje pode soar antiquado ou ofensivo se aplicado a pessoas por motivos de origem social.
Funciona como advertência prática: sucesso no comércio exige adaptação, trabalho e atenção às vontades dos clientes, não ostentação.

O José abre a loja e recusa promoções por achar que isso é indigno — mercador afidalgado, nunca medrado; as vendas caíram e o negócio sofre.
Se a gerência recusa tarifas razoáveis e trata clientes com desdém, está a agir como mercador afidalgado e dificilmente vai medrar.

Mercador de fidalguia, mal prospera (paráfrase)
Fidalgo na banca não faz fortuna (variação moderna)
Quem quer manter maneiras nobres no comércio não costuma prosperar (sinónimo explicativo)

Há exemplos históricos de nobres que foram bem‑sucedidos no comércio quando adaptaram atitudes pragmáticas.
Nem todo comportamento associado à 'fidalguia' impede o sucesso; competência e gestão podem contrariar o provérbio.