Moça louçã, cabeça vã.
Atribui à beleza ou à aparência feminina uma suposta falta de seriedade ou de reflexão.
Versão neutra
Aparência exterior não garante profundidade de carácter ou inteligência.
Faqs
- O que quer dizer exactamente este provérbio?
Significa que a beleza ou o aspecto exterior de uma rapariga (no caso do provérbio) é visto como indicativo de futilidade ou falta de seriedade. É uma generalização tradicional, não uma verdade universal. - É adequado usar este provérbio hoje em dia?
Por norma não. O provérbio é antigo e pode ser considerado sexista e pejorativo. Em contextos informais entre pessoas que compreendam a expressão histórica pode surgir, mas deve evitar‑se o seu uso em ambientes profissionais ou quando possa ofender. - Que alternativas neutras existem?
Pode dizer‑se, por exemplo, «a aparência engana» ou «aparência exterior não garante profundidade», que transmitem a mesma ideia sem estigmatizar um grupo.
Notas de uso
- Provérbio antigo e de uso regional/arcaico; pode não ser entendido fora de contextos culturais portugueses mais tradicionais.
- Tem tom pejorativo e generalizador acerca de mulheres; hoje é considerado sexista por muitos intervenientes.
- Usa-se como advertência ou julgamento rápido sobre comportamentos superficiais, mas deve ser evitado em situações formais ou sensíveis.
Exemplos
- Quando a conversa caiu apenas em vaidades, o tio murmurou: «Moça louçã, cabeça vã», lembrando que nem tudo o que é bonito é sério.
- Ela citou o provérbio para avisar os amigos: «Não te deixes enganar pela aparência — moça louçã, cabeça vã», e acrescentou que isso não é regra absoluta.
Variações Sinónimos
- Moça bonita, cabeça vazia.
- Aparência engana.
- Não se julga o livro pela capa.
Relacionados
- O hábito não faz o monge.
- Nem tudo o que reluz é ouro.
Contrapontos
- Beleza e inteligência não são mutuamente exclusivas; a generalização é injusta.
- Julgar pelo aspecto externo pode levar a erros — avaliar comportamentos e actos é mais fiável.
- Expressões que estigmatizam grupos (neste caso, mulheres) devem ser evitadas e substituídas por observações concretas.
Equivalentes
- Inglês
Don't judge a book by its cover. - Espanhol
No juzgues un libro por su portada. - Francês
L'habit ne fait pas le moine.