Moça nova é como ananás: em cima está verde, mas em baixo está capaz.
Aparências enganam: algo ou alguém que parece imaturo pode revelar competência ou maturidade noutro aspeto.
Versão neutra
Nem sempre a aparência externa corresponde à capacidade interior; as aparências podem enganar.
Faqs
O que quer dizer 'capaz' neste provérbio? Aqui 'capaz' sugere que, apesar de a parte superior parecer verde (imatura), a parte inferior está pronta ou apta; o sentido concreto varia conforme o contexto, podendo significar maturidade, competência ou experiência.
É apropriado usar este provérbio hoje em dia? Depende do contexto. Em conversas informais pode ser entendido como uma piada, mas é potencialmente ofensivo, sexista ou ambíguo quanto à idade, pelo que se recomenda cautela e evita‑lo em ambientes formais.
Tem origem regional ou histórica conhecida? Não há origem documentada precisa; trata‑se de um ditado de transmissão oral presente em variantes populares da língua portuguesa.
Como posso expressar a mesma ideia de forma não ofensiva? Use expressões neutras como 'as aparências enganam' ou 'não julgues o livro pela capa', que comunicam a mesma ideia sem conotações sexuais ou objetificantes.
Notas de uso
Uso coloquial e popular; frequentemente usado em contexto jocoso ou picante.
Pode ter conotação sexual ou insinuante; a expressão é ambígua quanto à idade referida por «moça».
Considerado por muitos ofensivo ou reducionista, especialmente em contextos que objetificam pessoas.
Não é apropriado em registos formais, profissionais ou educativos.
Exemplos
Ao ouvir o comentário, respondi calmamente que as aparências enganam e que não se deve julgar ninguém por fora.
Ele usou o provérbio numa piada passada de tom, mas foi lembrado de que tal linguagem pode ser ofensiva.
Variações Sinónimos
Ananás: verde por cima, maduro por baixo.
Não julgues o fruto pela casca.
As aparências enganam.
Relacionados
Não se julga um livro pela capa.
As aparências enganam.
Nem tudo o que reluz é ouro.
Contrapontos
Crítica feminista: reduz pessoas a atributos físicos e perpetua objetificação.
Preocupação com a possível referência a idades; linguagem ambígua pode normalizar condutas impróprias.
Mensagem simplista que ignora consentimento, agência e dignidade individual.