Moço guloso não é bom para tendeiro.
Alguém guloso ou avarento não é adequado para funções de confiança que envolvam bens alheios ou gestão de recursos.
Versão neutra
Pessoa gulosa não é boa para gerir uma loja.
Faqs
- O que significa este provérbio, em poucas palavras?
Significa que quem é dominado pela gula ou pela ânsia de consumir não é apropriado para um cargo que exige guardar, poupar ou gerir bens de outrem. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer advertir sobre a escolha de alguém para funções de confiança — por exemplo, contratar um empregado, confiar responsabilidades financeiras ou entregar bens a guardar. - É ofensivo chamar alguém de 'moço guloso' ao citar o provérbio?
Depende do tom e do contexto. Pode ser uma crítica moral directa; é preferível usá-lo em contextos formais com cuidado e com justificações factuais. - Este provérbio aplica-se apenas a lojas físicas?
Não. Embora refira literalmente o tendeiro (tendero/tendero — comerciante de armazém), aplica-se a qualquer situação de gestão ou guarda de recursos.
Notas de uso
- Advertência ao escolher pessoas para cargos que envolvem responsabilidade e acesso a bens ou dinheiro.
- Usa-se em contextos de trabalho (contratação, delegação) e na vida familiar (confiar alguém com mantimentos ou dinheiro).
- Tem tom moral/pragmático: fala tanto da tentação (gulodice) como da necessidade de autocontrolo na gestão.
- Pode ser aplicada figurativamente a qualquer situação em que falta de controlo pessoal comprometa um papel de confiança.
Exemplos
- O dono da mercearia recusou contratar o rapaz conhecido por comer as amostras; 'moço guloso não é bom para tendeiro' foi o que disse.
- Quando lhe pediram para guardar as economias da família, a avó respondeu que não confiava: 'moço guloso não é bom para tendeiro', preferiu nomear outra pessoa.
Variações Sinónimos
- Guloso não presta para tendeiro.
- Quem é guloso não serve para comerciante.
- Moço com mão larga não é bom para guardar a loja.
Relacionados
- Pôr o lobo a guardar o galinheiro (advertência contra colocar alguém perigoso junto das coisas que deve proteger).
- Quem tudo quer, tudo perde (sobre os riscos da cobiça).
- Confiar em quem não tem escrúpulos é arriscar perdas.
Contrapontos
- Nem sempre a aparência indica capacidade — às vezes quem tem defeitos aparentes cumpre bem uma função.
- Dar oportunidade pode transformar — alguém conhecido por uma fraqueza pode mostrar responsabilidade quando posto à prova.
Equivalentes
- inglês
A greedy lad is no good as a shopkeeper. (tradução literal; não é um provérbio inglês corrente) - espanhol
Mozo goloso no es buen tendero. (traducción literal; expressão popular equivalente) - francês
Un garçon gourmand n'est pas bon pour tenir une boutique. (traduction littérale)