Muito pão e má colheita.
Indica uma aparente abundância imediata que contrasta com resultados ou recursos deficientes a montante; alerta para prosperidade conjuntural ou consumismo que não se sustenta pela produção/planeamento.
Versão neutra
Há muito pão agora, mas a colheita foi má.
Faqs
- Qual é a interpretação principal deste provérbio?
Refere-se ao contraste entre uma aparente abundância imediata (o pão) e uma produção deficiente (a má colheita), servindo de aviso contra consumos não sustentáveis ou falta de planeamento. - É um provérbio de uso comum no português contemporâneo?
Não é dos provérbios mais correntes, mas é compreensÃvel e utilizado em contextos rurais ou quando se quer enfatizar a ideia de aparência de prosperidade face a problemas estruturais. - Quando devo usar este provérbio?
Use-o para advertir sobre situações em que há recursos ou conforto temporários mas falta produção, planeamento ou reservas que garantam continuidade. - Tem uma origem conhecida?
Não há origem documentada especÃfica; o provérbio usa imagens agrÃcolas tradicionais para transmitir uma lição sobre práticas e sustentabilidade.
Notas de uso
- Usa-se para sublinhar o contraste entre consumo/disponibilidade presente e falta de produção ou planeamento futuro.
- Aplicável em contextos agrÃcolas, económicos, familiares ou organizacionais para advertir sobre sustentabilidade e reservas.
- Tem tom proverbiale e é mais usado de forma crÃtica ou aconselhadora, não literal obrigatoriamente.
Exemplos
- A fábrica continua a vender bem este mês, mas com os fornecedores em rutura sinto que é muito pão e má colheita — temos de rever o stock.
- Fazemos festas e há sempre comida, porém o campo deu pouco este ano; é o tÃpico caso de muito pão e má colheita, convém poupar.
- Os vizinhos guardaram muito pão antes do inverno, mas a colheita de outono foi fraca, por isso a abundância de hoje pode não durar.
Variações Sinónimos
- Muito pão agora, pouca colheita depois.
- Abundância momentânea e má colheita.
- Muita fartura, má produção.
Relacionados
- Não se deve contar com o pão antes de o ter.
- Mais vale prevenir do que remediar.
- Quem semeia vento colhe tempestade (no sentido de consequências futuras).
Contrapontos
- Fazer provisões e planear garante colheita futura — ou seja, 'preparar para o inverno'.
- Diz-se também 'faz-se o que se pode' quando há pouca margem para planeamento; nem sempre a abundância momentânea é negligência.
Equivalentes
- es
Mucho pan y mala cosecha. - en
Feast today, famine tomorrow. (aproximação idiomática) - fr
Beaucoup de pain et mauvaise récolte.