Muitos falam e exortam, e poucos obram.
Há muita verbalização e pouco empenho prático; muitos incitam ou prometem, poucos concretizam em ação.
Versão neutra
Muitos falam e incentivam, poucos agem.
Faqs
- Qual é a ideia central deste provérbio?
Que existe uma discrepância entre o falar e o fazer: muitas pessoas elogiam, aconselham ou prometem, mas poucas passam à acção efectiva. - Quando devo usar este provérbio?
Quando quiser sublinhar a diferença entre discurso e prática, por exemplo ao criticar promessas não cumpridas em política, gestão de projectos ou em actividades colectivas. - É ofensivo dizer isto a alguém?
Pode ser interpretado como crítica. Use‑o com cuidado se implicar directamente uma pessoa; para evitá‑lo, prefira formas neutras ou exemplifique com factos concretos. - Tem origem conhecida?
Não há origem documentada precisa para esta formulação; é uma ideia comum a muitos provérbios e sentenças antigas que contrapõem palavras e actos.
Notas de uso
- Usado para criticar discursos vazios ou promessas não cumpridas, em contextos sociais, políticos ou profissionais.
- Tom: geralmente crítico; pode ser empregado de forma didáctica para incitar à ação.
- Registro: adequado em textos formais e informais, mas atenção ao destinatário para não soar acusatório.
- Pode servir como chamada à responsabilidade: lembra que a eficácia mede‑se pelo fazer, não só pelo dizer.
Exemplos
- Nas reuniões do projeto fala‑se muito sobre metas ambiciosas, mas poucos voluntariam‑se para executar as tarefas — muitos falam e exortam, e poucos obram.
- A campanha prometeu mudanças, multiplicaram‑se os discursos, mas pouco mudou na prática; confirma‑se a ideia de que muitos falam e exortam, e poucos obram.
- Quando se trata de limpeza do bairro, aparecem muitas sugestões e palavreado nas redes, porém são raros os que saem e participam — tantos falam e exortam, tão poucos obram.
Variações Sinónimos
- Muitos falam e poucos fazem.
- Fala-se muito, faz‑se pouco.
- Há mais palavras do que actos.
- Muito discurso e pouca prática.
Relacionados
- Falar é fácil, fazer é que custa.
- De palavras está o mundo cheio.
- A palavra convence, o exemplo conduz.
Contrapontos
- A retórica e a persuasão têm papel: sem discurso não se mobiliza apoio nem se planeia — falar pode ser passo necessário.
- Planear e conversar são formas de trabalho; agir precipitadamente sem consenso também pode ser prejudicial.
- Em alguns contextos (mediação, ensino, diplomacia) a palavra é a principal ferramenta e tem valor intrínseco.
Equivalentes
- inglês
Actions speak louder than words / Many talk, few act. - espanhol
Muchos hablan y pocos hacen. - francês
Beaucoup parlent, peu agissent. - italiano
Molti parlano, pochi fanno. - alemão
Viele reden, wenige handeln.