Muitos morrem na guerra, mas mais vão a ela.
O provérbio sublinha a atração que a guerra (ou situações perigosas/arriscadas) exerce sobre as pessoas, apesar do risco de mortalidade; critica a tendência humana de procurar ou aceitar o conflito.
Versão neutra
Muitas pessoas morrem em guerras, mas ainda mais pessoas nelas se envolvem.
Faqs
- Qual é a ideia principal deste provérbio?
A ideia é que, apesar do perigo e das mortes associadas a uma guerra (ou actividade arriscada), muitas pessoas continuam a envolver-se nela devido a motivações diversas: honra, pressão social, ganho material, ou atração pelo risco. - Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado em análises históricas, críticas sociais ou reflexões sobre comportamentos colectivos face ao risco. Deve evitar‑se o seu uso imediato em situações de luto ou quando possa parecer insensível. - O provérbio tem origem conhecida?
Não há origem fornecida ou documentada neste registo. Frases semelhantes circulam em várias línguas como observações populares sobre a guerra e o comportamento humano.
Notas de uso
- Usa-se para comentar fenómenos em que o perigo ou o risco não impede a adesão massiva — por exemplo recrutamento, aventuras militares, movimentos extremistas ou iniciativas arriscadas.
- Serve como observação cínica sobre a natureza humana: coragem, orgulho, procura de glória, pressão social ou expectativas podem atrair mais participantes do que vítimas.
- É mais apropriado em contextos reflexivos, analíticos ou críticos; pode soar insensível se usado como comentário imediato sobre vítimas recentes.
Exemplos
- Ao discutir a vaga de voluntários que se juntaram ao conflito, o historiador comentou: «Muitos morrem na guerra, mas mais vão a ela», para explicar a dinâmica de recrutamento e propaganda.
- Quando a cidade foi tomada pela moda das excursões perigosas, a mãe resmungou: «Isto lembra-me o provérbio: muitos morrem na guerra, mas mais vão a ela», criticando o fascínio pelo risco entre os jovens.
Variações Sinónimos
- Muitos morrem na guerra, e ainda mais se dirigem a ela.
- Muitos perecem em combate, mas mais se apresentam para ele.
- A guerra mata muitos, mas atrai ainda mais.
Relacionados
- A glória atrai onde o perigo reside.
- O perigo tem o seu fascínio — comentários sobre o apelo do risco.
- Provérbios que criticam o romantismo da violência ou do sacrifício.
Contrapontos
- Nem sempre mais pessoas ‘vão’ à guerra do que morrem; factores como recruta obrigatório, coerção ou falta de alternativas económicas também explicam a participação.
- O provérbio generaliza uma tendência e pode não aplicar-se a conflitos modernos com participação limitada ou forças profissionais.
- Usar o provérbio sem sensibilidade temporal ou cultural pode desvalorizar o sofrimento das vítimas.
Equivalentes
- Inglês
Many die in war, but more go to it. - Espanhol
Muchos mueren en la guerra, pero más van a ella. - Francês
Beaucoup meurent à la guerre, mais davantage y vont.