Muitos dizem mal da guerra e não deixam de ir a ela.

Muitos dizem mal da guerra e não deixam de ir a e ... Muitos dizem mal da guerra e não deixam de ir a ela.

Critica a incoerência de quem condena a guerra em palavras mas participa nela ou a apoia na prática.

Versão neutra

Muitos criticam a guerra, mas continuam a participar nela.

Faqs

  • O que quer dizer este provérbio?
    Refere‑se à contradição entre criticar a guerra em palavras e, ao mesmo tempo, participar nela ou apoia‑la na prática — uma forma de apontar hipocrisia.
  • Quando é apropriado usar esta expressão?
    Quando se quer destacar incoerência entre discurso e actos, especialmente em discussões políticas, sociais ou éticas. Convém assegurar contexto para não acusar injustamente.
  • Significa sempre que há hipocrisia?
    Não necessariamente; há situações legítimas (coacção, dever, necessidade económica, falta de alternativas) que explicam participação apesar da crítica.
  • Qual o registo e o público alvo deste provérbio?
    Registo crítico, aplicável em linguagem comum e em análise política/social. É entendido por falantes gerais da língua portuguesa.

Notas de uso

  • Usa‑se para apontar hipocrisia ou contradição entre o que se diz e o que se faz.
  • Adequado em contextos políticos, sociais ou morais para criticar comportamentos incoerentes.
  • Tom: predominantemente crítico; pode ser usado em registo informal e em textos analíticos.
  • Evitar acusações directas sem evidência — nem sempre a participação implica hipocrisia (podem existir deveres, coacção ou falta de alternativa).

Exemplos

  • No debate, vários oradores condenaram o conflito em termos veementes; depois, ainda assim, apoiaram as medidas que enviaram tropas — muitos dizem mal da guerra e não deixam de ir a ela.
  • É fácil condenar a violência quando se está longe dela; na prática, sobretudo por interesses económicos ou por obrigação, muitas pessoas continuam a financiar ou a participar no conflito.

Variações Sinónimos

  • Muitos falam mal da guerra e vão na mesma.
  • Diz‑se mal da guerra, mas participa‑se nela.
  • Hipocrisia: condenar em palavras e concordar em actos.

Relacionados

  • Hipocrisia (diferença entre discurso e prática)
  • Ditos e actos — incoerência
  • Responsabilidade colectiva e individual

Contrapontos

  • Nem sempre a presença numa guerra traduz hipocrisia: alguns vão por dever (ex.: serviço militar obrigatório), coerção ou falta de escolha.
  • Críticas posteriores podem coexistir com participação anterior por desinformação ou mudança de opinião.
  • A expressão generaliza comportamentos; é imprecisa quando aplicada a casos individuais sem contexto.

Equivalentes

  • Inglês
    Many condemn the war and yet still go to it.
  • Espanhol
    Muchos hablan mal de la guerra y, sin embargo, acuden a ella.
  • Francês
    Beaucoup disent du mal de la guerre et n'empêchent pas d'y aller.