Mulher beata, pobre que muito reza, e homem muito cortês, é fugir de todos os três.
Conselho tradicional a desconfiar de pessoas que exibem devoção excessiva, rezam muito por necessidade aparente ou se mostram demasiadamente corteses; sugere prudência perante aparências que podem ocultar intenções.
Versão neutra
Foge-se de quem mostra devoção excessiva, de quem afirma resolver tudo só com rezas e de quem é excessivamente cortês.
Faqs
- O que quer dizer este provérbio em poucas palavras?
É um aviso tradicional para desconfiar de pessoas cuja devoção, rezas ou cortesias parecem excessivas e possivelmente simuladas. - É aceitável usar este provérbio hoje em dia?
Pode ser usado em contextos informais para indicar prudência, mas há que ter cuidado: contém estereótipos de género e pode ofender. Melhor preferir formas neutras ou comentários que foquem comportamentos concretos. - Tem origem conhecida?
A origem concreta não foi identificada; trata‑se de sabedoria popular de tradição oral, típica de provérbios antigos. - Como aplicar a ideia do provérbio sem ser discriminatório?
Foque-se no comportamento (por exemplo, incoerência entre palavras e ações, promessas exageradas) em vez de rotular grupos por género, condição económica ou fé.
Notas de uso
- Provérbio de tom advertivo e moralizador, comum em tradições orais antigas.
- Usa linguagem e estereótipos de género próprios de épocas passadas; hoje pode ser considerado ofensivo ou sexista.
- Emprega-se para expressar cautela diante de sinais que parecem artificiais (devoção exagerada, cortesias excessivas).
- É normalmente usado em contexto informal ou humorístico; evite usá-lo para julgar grupos inteiros ou como justificação para descriminação.
Exemplos
- Quando o João começou a elogiar tudo e a prometer favores sem razão, lembrei-me do provérbio: mulher beata, pobre que muito reza, e homem muito cortês — convém ter cuidado.
- Num debate sobre confiança, a Maria comentou que não concorda com generalizações: hoje evita usar ditados como 'mulher beata, pobre que muito reza, e homem muito cortês' porque podem ferir pessoas sinceras.
- Ao contratar alguém, o chefe disse que valoriza ações sobre palavras; acrescentou, brincando, 'foge de todos os três' quando alguém é demasiado lisonjeador.
Variações Sinónimos
- Mulher beata e homem muito cortês; corre de ambos.
- Foge da beata, foge do que só reza e do cortês exagerado.
- Cuidado com a devoção exibida, com quem só reza e com a cortesia excessiva.
Relacionados
- Não julgues pela aparência
- Pelo fruto se conhece a árvore
- Cuidado com o lobo em pele de cordeiro
Contrapontos
- Devotos sinceros e pessoas corteses não merecem desconfiança automática; a prudência não deve virar preconceito.
- A pobreza e a devoção religiosa são frequentemente manifestações legítimas de fé e necessidade, não sinais de fingimento.
- Cortesias podem ser forma de educação e empatia; avaliar apenas pela excessiva humildade ou cortesia é reducionista.
Equivalentes
- en
Literal: 'Pious woman, poor who prays much, and overly courteous man — avoid all three.' (no exact common English equivalent) - es
Literal: 'Mujer piadosa, pobre que reza mucho y hombre muy cortés: huir de los tres.' (equivalente aproximado en sentido de precaución)