Não basta ser bom, senão parecê-lo.
Ser virtuoso ou competente não é suficiente: a percepção exterior (parecer ser) também conta para a reputação e as consequências sociais.
Versão neutra
Não chega ser bom; é preciso também parecer bom.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
Usa‑se quando se quer sublinhar que a percepção externa (imagem, comunicação, visibilidade) influencia julgamentos e resultados — por exemplo em carreiras, relações públicas, política ou atendimento ao público. - O provérbio incentiva a hipocrisia?
Não necessariamente; descreve uma realidade social: a perceção importa. Contudo, pode ser usado para justificar ênfase excessiva na aparência se não for acompanhado de um apelo à integridade e à competência real. - Como equilibrar ser e parecer?
Priorize a substância (competência, ética) e invista em comunicar essa substância de forma clara e honesta: formação em comunicação, transparência e exemplos concretos ajudam a alinhá‑las.
Notas de uso
- Usa‑se para justificar a importância da imagem, da comunicação e da visibilidade em contextos sociais, profissionais e políticos.
- Registo: pode aparecer em comentários críticos sobre hipocrisia ou estratégias de relações públicas; adaptável a registo formal e informal.
- Advertência implícita: enfatizar apenas a aparência pode levar a comportamentos artificiais ou a negligência da autenticidade.
- Ao aplicar o provérbio, considere o equilíbrio entre integridade pessoal e necessidade prática de comunicar qualidades.
Exemplos
- Num processo de seleção, não basta ter competência técnica: é importante apresentá‑la de forma clara — não basta ser bom, senão parecê‑lo.
- Um médico exemplar que não comunica bem com os pacientes pode ver a sua reputação afetada; por isso, muitas vezes, não basta ser bom, senão parecê‑lo.
- Em política, medidas eficazes podem ser ignoradas se não forem bem explicadas ao eleitorado; a máxima 'não basta ser bom, senão parecê‑lo' costuma ser invocada nesses casos.
Variações Sinónimos
- Não basta ser bom; é preciso também parecer bom.
- Ser bom não chega — é preciso aparentá‑lo.
- Não é suficiente ser virtuoso; convém parecer virtuoso.
- Aparência conta tanto quanto o facto de ser.
Relacionados
- A primeira impressão é a que fica.
- Quem não aparece, não é lembrado.
- Fazer boa figura.
- Aparência engana (usado como advertência/oposto).
Contrapontos
- É preferível ser do que parecer — a autenticidade tem valor próprio e pode ter consequências a longo prazo.
- Valorizar apenas a aparência incentiva a hipocrisia e pode minar a confiança quando a substância é exigida.
- Algumas situações exigem competência real independentemente da perceção; aparência não substitui capacidade técnica.
Equivalentes
- Inglês
It is not enough to be good; you must also appear to be good. - Francês
Il ne suffit pas d'être bon; il faut encore paraître l'être. - Espanhol
No basta con ser bueno; también hay que parecerlo. - Alemão
Es reicht nicht, gut zu sein; man muss auch so erscheinen.