
Advertência para não provocar quem é incapaz de responder com razão ou que reagirá agressivamente; não percas tempo com quem não merece ser provocado.
Versão neutra
Não provoques quem só sabe responder com coices.
Faqs
- Qual é a origem deste provérbio?
Trata-se de um provérbio popular de origem rural, baseado na observação do comportamento animal; a formulação exata e a origem temporal não são documentadas com precisão. - Posso usar este provérbio em conversa formal?
É mais adequado em registos informais ou coloquiais. Em contextos formais, prefira uma formulação mais neutra, como «não provoque quem reage agressivamente». - Significa sempre que devemos ficar calados?
Não necessariamente. O provérbio aconselha prudência: avaliar se confrontar trará mais prejuízo do que benefício. Em casos de risco ou injustiça, agir de forma segura e adequada pode ser necessário.
Notas de uso
- Uso figurado: aplicado a pessoas que respondem com violência, insulto ou resposta irracional em vez de diálogo.
- Uso literal: referência prática a animais (um asno pode reagir com coices se perturbado).
- Contextos comuns: discussões acaloradas, redes sociais, relações interpessoais, conflitos de trabalho — quando é preferível evitar confronto.
- Registo: popular e coloquial; tom de conselho/prudência.
Exemplos
- Não vale a pena contrariá-lo no e-mail; não cantes ao asno, que te responde a coices — só te vai insultar em público.
- Quando vês alguém a provocar deliberadamente um colega, lembra-te do provérbio: não cantes ao asno, que te responde a coices — evita escalonar o conflito.
- Literalmente, não assobis para o burro enquanto trabalha junto da carroça; podes levar um coice.
Variações Sinónimos
- Não cutuques o asno
- Não provoques o burro, que ele dá coices
- Não cutuques o cão que morde
- Não acordes o cão que dorme
Relacionados
- Não despiertes al perro que duerme (variante ibérica)
- Não atires pérolas aos porcos (sobre escolher destinatários inapropriados)
- Quem não quer ouvir, que não saiba falar (sobre inutilidade de argumentar com quem não quer ouvir)
Contrapontos
- Há ocasiões em que é necessário confrontar alguém (por exemplo, para pôr limites, proteger terceiros ou resolver injustiças).
- Ignorar sempre comportamentos errados pode legitimar abusos; avaliar risco e consequência antes de ficar calado.
- Intervir de forma segura e institucional (recorrer a mediadores, superiores ou autoridades) é muitas vezes preferível a provocações diretas.
Equivalentes
- Inglês
Don't poke the bear / Don't wake a sleeping dog - Espanhol
No despiertes al perro que duerme - Francês
Il ne faut pas réveiller le chien qui dort