Não censure dor alheia quem nunca dores sentiu.
Apelo à empatia: não criticar ou desprezar o sofrimento de outros se não se tem experiência semelhante.
Versão neutra
Não critiques a dor alheia se nunca sentiste dor semelhante.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa que não devemos censurar, menosprezar ou julgar o sofrimento dos outros quando não o conhecemos por experiência própria; é um apelo à humildade e à empatia. - Quando posso usar este provérbio?
Serve em conversas onde alguém faz juízos morais rápidos sobre quem sofre — por exemplo em casos de doença, perda, desemprego ou discriminação — para invocar compreensão em vez de crítica. - É uma forma de impedir críticas úteis?
Não necessariamente. O provérbio pede cautela no julgamento, mas não anula críticas construtivas ou intervenções necessárias; lembra apenas que o conhecimento directo do sofrimento reforça a legitimidade de certas críticas. - Qual é a origem desta expressão?
Não há registo claro de origem literária ou histórica; trata‑se de sabedoria popular que circula em variantes semelhantes em várias línguas.
Notas de uso
- Usa-se para lembrar à pessoa que julga que falta experiência ou sensibilidade para avaliar o sofrimento alheio.
- Aplica-se a sofrimento físico, emocional, económico ou social; o foco é a moderação do julgamento moral.
- Registo: informal a semi‑formal. Funciona em conversas pessoais, debates sobre políticas sociais e reflexões morais.
- Não deve servir de desculpa para silenciar críticas legítimas ou para impedir apoio objetivo e necessário.
Exemplos
- Quando vi comentários duros sobre a depressão dela, lembrei‑lhe: 'Não censure dor alheia quem nunca dores sentiu'.
- Num debate sobre desemprego, um deputado que nunca passou por essa situação foi aconselhado a ter mais cuidado: 'não critiques a dor alheia'.
- O amigo respondeu com calma: 'Antes de julgares, lembra‑te de que não censure dor alheia quem nunca dores sentiu.'
Variações Sinónimos
- Não critiques a dor alheia se nunca a sentiste.
- Quem nunca sofreu não deve julgar quem sofre.
- Não se pode censurar o sofrimento do outro sem o ter vivido.
Relacionados
- Quem nunca errou que atire a primeira pedra.
- Cada um sabe de si.
- Põe‑te no lugar do outro.
Contrapontos
- Apontar injustiças ou comportamentos perigosos pode exigir crítica mesmo sem experiência pessoal do sofrimento.
- A experiência pessoal não é a única base válida para ter uma opinião informada; estudo e empatia também contam.
Equivalentes
- inglês
Don't judge someone until you've walked a mile in their shoes. - espanhol
No juzgues el dolor ajeno si no lo has sufrido. - francês
Ne critique pas la douleur d'autrui si tu ne l'as jamais ressentie.