Não fiar no cão que manqueja.
Aconselha a não confiar em alguém que demonstra fraqueza ou pedir ajuda de forma suspeita; alerta para possíveis intenções ocultas ou falta de fiabilidade.
Versão neutra
Não confiar em quem aparenta fraqueza para obter vantagem.
Faqs
- O que significa exactamente este provérbio?
Significa que não se deve confiar cegamente em alguém que mostra fraqueza aparente, porque essa fraqueza pode ser usada para manipular ou enganar. - Quando devo usar este provérbio?
Use‑o quando quiser alertar para prudência diante de pedidos ou demonstrações de fragilidade que pareçam oportunistas, especialmente em contextos de decisão ou risco. - É ofensivo dizer isto sobre alguém com uma deficiência real?
Sim, pode ser. O provérbio refere‑se a comportamentos suspeitos, não a condições reais. Evite aplicá‑lo a pessoas com incapacidades legítimas para não discriminar.
Notas de uso
- Usa‑se para advertir contra confiar em aparências de fragilidade ou em pedidos de simpatia que possam ser manobrares.
- Registo: popular e coloquial; apropriado em conversas informais e comentários críticos, menos recomendado em contextos formais sem justificativa.
- Não deve servir para justificar discriminação contra pessoas com incapacidades reais; há uma diferença entre fingimento e vulnerabilidade legítima.
- Aplicável em situações de negociação, política, finanças ou relações pessoais onde há risco de manipulação.
Exemplos
- Na reunião perceberam que ele exagerava as dificuldades para conseguir apoio; decidimos não fiar no cão que manqueja e pedir garantias.
- Ela pediu um adiamento alegando problemas, mas como já tinha falhado antes, optámos por não fiar no cão que manqueja e exigir documentação.
Variações Sinónimos
- Não confiar no cão manco
- Não acreditar em quem se faz de fraco
- Cuidado com quem pede pena para tirar partido
- Não dar crédito à fragilidade aparente
Relacionados
- Cão que ladra não morde (diferença entre barulho e ação)
- A ocasião faz o ladrão (oportunidade pode revelar intenções)
- Quem semeia vento, colhe tempestade (consequências de más intenções)
Contrapontos
- Nem toda a demonstração de fraqueza é fingida; pode ser legítima e merecer ajuda ou compreensão.
- Adotar a máxima indiscriminadamente pode levar a injustiças e rejeição de pessoas vulneráveis.
- Antes de desconfiar, convém verificar factos e contexto para não confundir manipulação com necessidade real.
Equivalentes
- Inglês
Don't trust the limping dog. (tradução literal: 'Não confies no cão que manca') - Espanhol
No fiarse del perro que cojea. - Francês
Ne te fie pas au chien qui boite. - Alemão
Vertraue nicht dem hinkenden Hund. - Italiano
Non fidarti del cane che zoppica.