Não furtes uma agulha, que depois furtarás ouro.

Não furtes uma agulha, que depois furtarás ouro. ... Não furtes uma agulha, que depois furtarás ouro.

Adverte que pequenos furtos ou falhas de carácter podem evoluir para crimes ou atos muito mais graves; sublinha a importância de corrigir faltas desde cedo.

Versão neutra

Quem começa por pequenos furtos pode acabar por cometer furtos maiores.

Faqs

  • O que quer dizer exactamente este provérbio?
    Significa que pequenos actos desonestos ou hábitos errados, se não corrigidos, podem escalar para comportamentos mais graves. É uma advertência sobre o perigo de normalizar faltas aparentemente insignificantes.
  • É adequado usar este provérbio quando alguém comete uma falha pequena?
    Pode servir como alerta educativo, mas é importante não transformar a advertência numa acusação injusta. Deve acompanhar-se de diálogo e medidas formativas, não só de reprovação.
  • Tem validade em contextos legais ou psicológicos?
    Como regra moral popular, sugere prudência preventiva. Em contextos legais e psicológicos exige-se evidência e avaliação individual: nem todos os pequenos desvios evoluem para crimes maiores.

Notas de uso

  • Usa-se para ensinar crianças e jovens sobre a importância da integridade e do autocontrolo.
  • Emprega-se como advertência moral em contextos familiares, escolares e comunitários.
  • Não deve ser usado para justificar suspeitas sem provas: é uma generalização moral, não uma lei determinista do comportamento humano.
  • Pode servir para argumentar a favor de medidas preventivas (educação, fiscalização), mas não como condenação automática de quem comete uma falta pequena.

Exemplos

  • O pai disse ao filho que não aceitasse pequenas mentiras: «Não furtes uma agulha, que depois furtarás ouro», lembrando que os hábitos contam.
  • No debate sobre disciplina escolar, a diretora usou o provérbio para defender a intervenção precoce quando surgem atos de desonestidade entre alunos.

Variações Sinónimos

  • Quem furta uma agulha, furtará um boi.
  • Quem começa no pequeno, acaba no grande.
  • Quem rouba uma agulha rouba um boi.
  • Quem não corrige um pequeno vício, cria um grande hábito.

Relacionados

  • Quem começa mal acaba mal.
  • O hábito não se perde, ganha-se.
  • Prevenir é melhor do que remediar.

Contrapontos

  • Nem todos os que cometem pequenas faltas passam a cometer crimes maiores; factores sociais, educação e escolhas pessoais influenciam o percurso.
  • Usar o provérbio como argumento para punições desproporcionadas por pequenas transgressões pode ser injusto e contraproducente.
  • A estigmatização precoce pode reforçar comportamentos em vez de corrigi-los; intervenções educativas e reabilitadoras provam ser mais eficazes que a condenação imediata.

Equivalentes

  • Inglês
    He who will steal a pin will steal an ox (ou: He who steals a little will steal a lot).
  • Espanhol
    Quien hurta una aguja, hurtará un buey.
  • Francês
    Qui vole un œuf vole un bœuf.