O ladrão, da agulha ao ouro, e do ouro à forca.
Aviso de que pequenos furtos podem evoluir para crimes maiores e levar a consequências muito graves.
Versão neutra
Quem começa por furtos pequenos pode acabar a cometer crimes maiores e a sofrer penas muito mais severas.
Faqs
- O provérbio refere-se à pena de morte?
A expressão 'forca' reflecte práticas punitivas históricas; o provérbio usa a forma extrema para enfatizar a gravidade das consequências, não para aconselhar pena capital no contexto actual. - Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado em advertências sobre escalada de maus hábitos, discussões sobre prevenção do crime ou para ilustrar como pequenos actos desonestos podem normalizar comportamentos piores. - Existe evidência de que pequenos furtos levam necessariamente a crimes maiores?
Não necessariamente. A progressão depende de factores pessoais e sociais. O provérbio resume uma observação moral e social, não uma regra absoluta.
Notas de uso
- Usa-se para advertir sobre a progressão de maus hábitos ou pequenos delitos para atos mais graves.
- Registo: popular e tradicional; pode soar arcaico por causa da referência explícita à 'forca'.
- Não deve ser lido literalmente em contextos actuais sem considerar o enquadramento legal e social moderno.
- Serve também como argumento para intervenção precoce na educação e prevenção do crime.
Exemplos
- O pai explicou ao jovem que, mesmo um pequeno furto na loja, podia arrastar-lhe problemas maiores: «O ladrão, da agulha ao ouro, e do ouro à forca.»
- No debate sobre tolerância zero, o juiz citou o provérbio para justificar medidas preventivas: começar cedo a corrigir más condutas evita escaladas.
- Usaram o provérbio para descrever como a corrupção local acabou por implicar figuras de topo: pequenos favores tornaram-se grandes crimes.
Variações Sinónimos
- Quem rouba um ovo, rouba um boi.
- Quem começa por pouco acaba por muito.
- Da agulha ao ouro (variante abreviada).
Relacionados
- Efeito bola de neve (escalada de consequências).
- Pendurado em balões: 'Pequenos vícios, grandes crimes' (uso metafórico).
- Provérbios sobre hábito e caráter, como 'O hábito faz o monge'.
Contrapontos
- Nem todos os que cometem pequenos furtos acabam por cometer crimes maiores; factores sociais, educacionais e económicos influenciam esse percurso.
- A referência à forca é historicamente contextual; hoje há medidas de reabilitação e penas alternativas.
- Uso punitivo do provérbio pode justificar respostas desproporcionadas ao erro inicial em vez de políticas de prevenção e reinserção.
Equivalentes
- English
He who steals a pin will steal an ox (var.: 'Who steals an egg will steal an ox'). - Español
Quien hurta una aguja, robará un buey (variante popular: 'El que roba un huevo, roba una vaca'). - Français
Qui vole un oeuf n'hésitera pas à voler un boeuf (variante popular).