Não há ladrão sem consentidor

Não há ladrão sem consentidor.
 ... Não há ladrão sem consentidor.

Sugerir que um acto ilícito ou fraudulento raramente acontece sem a ajuda, conivência ou silêncio de outras pessoas.

Versão neutra

Nenhum roubo ocorre sem cúmplices ou conivência de terceiros.

Faqs

  • O provérbio significa que toda a culpa é partilhada?
    Não necessariamente. Indica que muitas vezes existe conivência ou cumplicidade, mas não presume automaticamente culpa de terceiros sem provas.
  • Em que contextos se usa mais este provérbio?
    Usa-se em contextos políticos, empresariais ou comunitários para questionar responsabilidades e possíveis cumplicidades. Também aparece em conversas informais para criticar quem fecha os olhos perante irregularidades.
  • É apropriado usar em acusações públicas?
    Deve-se ter cautela: em público pode ser interpretado como imputação de culpa. É preferível usá-lo quando há indícios ou evidência de conivência.
  • Tem origem histórica conhecida?
    Não há origem documentada específica nesta entrada. Trata‑se de um provérbio de uso comum que reflete um juízo social sobre cumplicidade.

Notas de uso

  • Usa-se para sublinhar que responsabilidades podem ser partilhadas além do autor imediato do acto.
  • Empregado frequentemente em contextos políticos, institucionais ou empresariais para apontar conivência ou cumplicidade.
  • Tomar cuidado: o provérbio implica acusação; deve ser usado quando há indícios de cumplicidade, não apenas suspeitas.
  • Registo: coloquial e proverbial; pode soar crítico ou cínico quando usado em debate público.

Exemplos

  • Quando descobriram o buraco nas contas da empresa, muitos começaram a dizer que "não há ladrão sem consentidor", porque vários gestores tinham assinado sem fiscalizar.
  • No caso dos desfalques na câmara municipal, a frase "não há ladrão sem consentidor" foi usada para questionar se havia membros do executivo a fechar os olhos.

Variações Sinónimos

  • Não há ladrão sem conivente
  • Não há roubo sem cúmplice
  • Onde há furto, há quem feche os olhos
  • Quem cala consente (relacionado)

Relacionados

  • Quem cala consente
  • Quando um não quer, dois não fazem (sobre a necessidade de colaboração)
  • Não se julga um homem só (reflexão sobre responsabilidade partilhada)

Contrapontos

  • Nem todo crime envolve conivência — há casos de autoria individual e sem cumplicidade.
  • Acusar terceiros sem provas pode ser injusto e difamatório.
  • A existência de falhas sistémicas (falta de controlo, recursos ou formação) nem sempre equivale a consentimento criminoso.

Equivalentes

  • es
    No hay ladrón sin consentidor.
  • fr
    Il n'y a pas de voleur sans complice.
  • en
    There is no thief without an accomplice (literal equivalent).
  • de
    Kein Dieb ohne Hehler/Komplizen.