Quem encobre ladrão é ladrão e meio.
Quem protege ou oculta um ladrão partilha a culpa pelo crime; o encobrimento torna‑o moralmente (e muitas vezes juridicamente) cúmplice.
Versão neutra
Quem encobre um ladrão partilha a culpa.
Faqs
- Este provérbio tem base legal?
Não é uma definição jurídica. Resume uma ideia ética: proteger criminosos implica responsabilidade moral. Na lei existem conceitos específicos (autor, cúmplice, favorecedor) e penas distintas que dependem de prova e tipificação. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se pretende criticar moralmente quem protege ou oculta atos ilícitos, especialmente em debates sobre impunidade, corrupção ou cumplicidade. Deve evitar‑se em acusações diretas sem evidências. - Existe risco em aplicar este provérbio a alguém?
Sim. Pode ser considerado difamatório ou injusto se usado sem provas. Além disso, ignora nuances como coerção, medo ou situações de proteção legítima. - É um provérbio comum em Portugal?
Sim — é conhecido em ambientes de língua portuguesa e usado sobretudo em contextos morais e políticos para enfatizar a responsabilidade de quem encobre crimes.
Notas de uso
- Expressa uma condenação moral de quem protege criminosos ou oculta delitos.
- Usado tanto em contexto coloquial como em argumentos morais e cívicos; o tom é acusatório.
- Não é um enunciado jurídico preciso: a lei distingue graus de participação e exige prova; o provérbio resume uma ideia ética.
- Emprega‑se frequentemente em discussões sobre corrupção, impunidade ou cumplicidade familiar e institucional.
- Pode ser ofensivo se aplicado sem provas: convém evitar acusações diretas sem fundamento.
Exemplos
- Quando se soube que dois funcionários ajudaram o suspeito a fugir, a população repetiu: 'Quem encobre ladrão é ladrão e meio'.
- No conselho da escola, um encarregado de educação defendeu a denúncia de violência: 'Silenciar só protege o agressor — quem encobre ladrão é ladrão e meio'.
Variações Sinónimos
- Quem encobre criminoso é cúmplice.
- Quem protege ladrão participa do roubo.
- Quem cobre um ladrão tem parte na culpa.
- Quem cala consente (relacionado, mais geral).
Relacionados
- Quem cala consente.
- Não há crime sem cúmplice (variação temática).
- A omissão também é ação (afirmação ética relacionada).
Contrapontos
- No plano jurídico, encobrir nem sempre implica ser tratado como autor do crime; existem distinções legais entre autor, coautor, cúmplice e encobridor.
- Situações de coerção, medo de represálias ou intenção de proteger alguém em perigo complicam o juízo moral: nem todos os casos de ocultação têm as mesmas motivações.
- Em contextos sensíveis, denunciar pode pôr testemunhas ou vítimas em risco; a solução exige avaliação ética e legal cuidadosa, não apenas máxima punitiva.
Equivalentes
- Inglês
He who shelters a thief is half a thief. - Espanhol
Quien encubre a un ladrón es medio ladrón. - Francês
Qui couvre un voleur est voleur à moitié. - Italiano
Chi copre un ladro è mezzo ladro.