Não há melhor juiz que o tempo.

O passar do tempo tende a revelar a verdade e a mostrar as consequências das ações; muitas dúvidas ou disputas acabam por se esclarecer com o tempo.

Versão neutra

O tempo é o melhor juiz.

Quando devo usar este provérbio?
Use-o ao aconselhar paciência sobre resultados que só são visíveis a médio ou longo prazo, como reputações, investimentos ou efeitos de políticas.
Significa que devo ficar inactivo e esperar?
Não necessariamente. O provérbio sugere que o tempo revela consequências, mas não justifica omissão diante de injustiças ou urgências que exigem ação.
É equivalente a "o tempo cura tudo"?
São ideias próximas, mas diferentes: "o tempo cura tudo" foca a atenuação de dores e mágoas, enquanto este provérbio realça a capacidade do tempo para revelar a verdade ou avaliar resultados.
Aplicações típicas em contexto profissional?
Em avaliações de desempenho a longo prazo, análise de investimento, validação de métodos científicos e avaliações de políticas públicas, entre outros.

Usa-se para aconselhar paciência quando os resultados só serão claros a longo prazo.
Serve para relativizar conflitos de opinião imediatos, lembrando que o tempo mostrará o que funciona ou não.
Não é uma justificação universal para inação; em situações de injustiça ou urgência, agir pode ser necessário.
Aplica-se em contextos diversos: reputações, investimentos, relações pessoais, ciência e políticas públicas.

Depois das acusações, ninguém sabia quem tinha razão; com o passar dos anos, novas provas surgiram e o tempo acabou por provar a sua inocência.
Num mercado volátil, os analistas lembraram-se de que, muitas vezes, não há melhor juiz que o tempo para avaliar um investimento.
Na ciência, uma teoria pode parecer convincente no imediato, mas só o tempo e a repetição de experiências mostrarão se ela se mantém.

Nem sempre o tempo corrige injustiças: sem intervenção (judicial, documental ou social) uma injustiça pode permanecer impune.
A ideia pode encorajar passividade; em situações de risco ou violação de direitos, aguardar pode agravar o problema.
Memória e narrativa pública por vezes distorcem factos com o tempo, pelo que o tempo não garante objectividade absoluta.
Testemunhos e provas podem desaparecer; o tempo só 'julga' quando há elementos que permitam essa avaliação.