Expressa a ideia de que tudo o que acontece ou se inventa já teve precedentes; sugere repetição ou ciclicidade na experiência humana.
Versão neutra
Nada é totalmente novo; muitos acontecimentos e ideias já ocorreram de formas semelhantes antes.
Faqs
O provérbio é bíblico? Sim. A forma mais conhecida vem do Livro de Eclesiastes (Qohelet) 1:9, embora a ideia de repetição histórica exista em diversas tradições culturais.
Significa que nada evolui? Não necessariamente. O provérbio sublinha semelhanças e padrões recorrentes, mas não invalida o progresso ou inovações que alterem significativamente capacidades ou contextos.
Quando é apropriado usar este provérbio? Quando se pretende relativizar uma novidade apresentada como totalmente original ou para comentar padrões históricos e repetição de acontecimentos.
Tem conotação pessimista? Frequentemente tem tom cético ou melancólico, mas também pode ser usado com ironia ou como observação neutra sobre ciclos humanos.
Notas de uso
Usa-se para expressar ceticismo perante algo apresentado como totalmente inovador.
Pode ter um tom filosófico (reflexão sobre ciclos históricos) ou irónico/cínico (desvalorização de novidades anunciadas).
Nem sempre pretende ser literal: reconhece semelhanças de padrão, não exclui progressos ou inovações incrementais.
Evita-se quando se quer estimular criatividade ou mudança, pois o provérbio pode desmotivar.
É frequente em argumentos historiográficos, jornalísticos ou em crítica cultural para relativizar a novidade.
Exemplos
Quando a empresa apresentou a rede social como se fosse revolucionária, ouvi alguns colegas murmurarem: «Não há nada de novo debaixo do sol» — era uma variação de modelos já existentes.
Ao olhar para a história das modas, constatei que estilos considerados originais são, por vezes, reciclagens de décadas anteriores; por isso pensei: não há nada de novo debaixo do sol.
Variações Sinónimos
Nada novo sob o sol.
Nada de novo debaixo do sol.
Não há nada de novo sob o sol.
Já visto antes.
É a mesma história de sempre.
Relacionados
A história repete-se.
Os tempos vão e vêm.
O que sobe, desce (ciclicidade).
Velhos hábitos renovados
Contrapontos
Existem inovações genuínas (por exemplo em ciência e tecnologia) que alteram capacidades e condições humanas.
Mudanças de contexto podem tornar uma ideia antiga relevante de modo novo.
O provérbio generaliza: não serve para avaliar mérito individual de invenções ou criadores.
Progresso acumulativo demonstra que há desenvolvimento qualitativo, mesmo quando parte do que aparece já tinha precedentes.