O que foi ainda será; o que foi feito far-se-á: não havendo nada de novo debaixo do sol.
Proverbios da Biblia
Expressa a ideia de que os acontecimentos tendem a repetir‑se; nada é verdadeiramente novo, os ciclos e padrões humanos voltam a ocorrer.
Versão neutra
Nada é verdadeiramente novo debaixo do sol; o que aconteceu já aconteceu e voltará a acontecer.
Faqs
Qual é a origem deste provérbio? Vem do Livro de Eclesiastes (Qohelet) na Bíblia; é parte da literatura sapiencial do Antigo Testamento e aparece em diversas traduções com pequenas variações.
O que significa em termos práticos? Que muitos acontecimentos humanos repetem padrões antigos; serve para comentar ciclos históricos, sociais ou pessoais e transmitir uma visão por vezes resignada da realidade.
É adequado usar este provérbio em conversas informais? Sim, mas convém ter cuidado: pode soar pedante ou fatalista. Em situações informais pode ser usado de forma irónica ou crítica.
Este provérbio nega a possibilidade de inovação? Não necessariamente; é uma observação sobre padrões recorrentes. Há argumentos e exemplos que mostram mudança genuína e progresso, pelo que a frase deve ser aplicada com critério.
Notas de uso
Registro: tom erudito/nitídeo por origem bíblica; pode soar formal ou sentencioso.
Contextos: usado para comentar tendências históricas, comportamentais ou sociais, ou para exprimir resignação perante repetição de acontecimentos.
Aviso: pode ser interpretado como fatalista. Em contextos optimistas ou técnicos (por ex. inovação científica) pode ser inapto ou provocador.
Uso irónico: frequentemente usado com ironia quando algo aparentemente inovador é, na prática, uma repetição.
Exemplos
O historiador comentou: «A revolta mostrou padrões antigos — o que foi ainda será», sublinhando que causas sociais semelhantes geram as mesmas consequências.
Quando a empresa trouxe outra reestruturação com o mesmo resultado, os funcionários suspiraram: «Não há nada de novo debaixo do sol.»
Variações Sinónimos
Não há nada de novo debaixo do sol.
O que foi, já foi; e o que há de ser, já o foi.
Tudo se repete.
Nada é novo.
Relacionados
A história repete‑se.
Nada se cria, tudo se transforma (frase atribuída a Lavoisier, usada em contraste).
Há males que vêm para bem (contraste optimista).
Contrapontos
Progresso tecnológico e científico mostram que há mudanças reais que alteram condições de vida e conhecimento — nem tudo é repetição.
Interpretar tudo como repetição pode impedir a acção e a inovação; há casos claros de ruptura e novidade histórica.
Outras tradições literárias e filosóficas valorizam a novidade e a possibilidade de transformação.