Não há ninguém que não tenha fel, nem há flor que não tenha mel.

Não há ninguém que não tenha fel, nem há flor ... Não há ninguém que não tenha fel, nem há flor que não tenha mel.

Expressa que nada ou ninguém é totalmente bom ou totalmente mau: tudo tem aspetos positivos e negativos.

Versão neutra

Todas as pessoas e coisas têm qualidades e defeitos; nada é inteiramente bom ou mau.

Faqs

  • O que quer dizer exactamente 'fel' neste provérbio?
    'Fel' significa amargura, defeito ou aspeto negativo. O provérbio usa contraste metafórico entre 'fel' (amargo) e 'mel' (doce) para dizer que tudo tem lados bons e maus.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Quando se pretende lembrar que ninguém é perfeito e que as avaliações devem considerar virtudes e defeitos. Deve evitar‑se usá‑lo como justificação para comportamentos prejudiciais.
  • É um provérbio português com origem conhecida?
    É um provérbio popular usado em português, mas não há origem documentada precisa; trata‑se de sabedoria tradicional transmitida oralmente.

Notas de uso

  • Registro: provérbio popular, uso coloquial e literário.
  • Emprego: serve para relativizar críticas ou lembrar a complexidade humana e das coisas.
  • Tom: pode suavizar julgamentos, mas também ser tomado como generalização injusta.
  • Vocabulario: 'fel' refere-se à amargura/defeito; 'mel' à doçura/virtude.

Exemplos

  • Ao avaliar o novo colega, disse: «Não há ninguém que não tenha fel, nem há flor que não tenha mel» — quis lembrar que todos cometem erros, mas também têm qualidades.
  • Depois de se zangar com o filho, a avó consolou-o: 'Lembra‑te do provérbio: não há ninguém que não tenha fel, nem há flor que não tenha mel' — afirmou que é normal ter defeitos e qualidades.

Variações Sinónimos

  • Não há rosa sem espinho.
  • Nem tudo é só bom nem só mau.
  • Toda flor tem espinho e perfume.
  • Não existe pessoa sem falhas.

Relacionados

  • Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe.
  • Cada um tem o seu defeito.
  • Nem tudo o que reluz é ouro.

Contrapontos

  • Trata‑se de uma generalização: pode ser usada para relativizar comportamentos inaceitáveis.
  • Pode servir de desculpa para evitar responsabilização por ações prejudiciais.
  • A leitura literal pode simplificar problemas morais e sociais complexos.

Equivalentes

  • inglês
    Every rose has its thorn.
  • espanhol
    No hay rosa sin espinas.
  • francês
    Pas de rose sans épine.
  • italiano
    Non c'è rosa senza spine.
  • alemão
    An jeder Rose sind Dornen.