Não há prisões lindas, nem amores feios.

Não há prisões lindas, nem amores feios.
 ... Não há prisões lindas, nem amores feios.

O provérbio sugere duas ideias: prisões (ou situações opressivas) raramente são agradáveis, enquanto o amor tende a tornar aquilo que amamos atraente; é um apelo a não julgar apenas pela aparência e a reconhecer o poder transformador do afeto.

Versão neutra

Não existem prisões bonitas, nem amores feios.

Faqs

  • Qual é a ideia principal deste provérbio?
    A ideia principal é dupla: aponta para a dureza intrínseca de condições opressivas (prisões) e para o facto de o amor alterar a perceção, tornando atraente aquilo que se ama.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Usa‑se em conversas sobre juízos de valor, percepções estéticas e relações humanas, especialmente quando se quer sublinhar que o afeto influencia a perceção do belo ou para relativizar críticas a situações já penosas.
  • Tem origem conhecida ou autor atribuível?
    Não há registo de autor ou origem precisa; trata‑se de um provérbio popular cuja formulação pode variar regionalmente.

Notas de uso

  • Emprega‑se tanto em sentido literal (condições prisionais) como figurado (situações difíceis, relações complicadas).
  • Tom formal ou popular; adequado em reflexões sobre juízos de valor, amor e aparência.
  • Pode ser usado para relativizar críticas estéticas: o amor altera a perceção do que é belo ou feio.
  • Não é um enunciado científico; funciona como observação cultural e moral, por vezes irónica.

Exemplos

  • Mesmo com a casa pequena e sem luxo, para eles era perfeito — não há prisões lindas, nem amores feios: o afeto transforma o ambiente.
  • Quando a discussão sobre as condições do recluso surgiu, o juiz lembrou que, independentemente da arquitetura, prisões não deixam de ser prisões e que o amor não se mede pela aparência.

Variações Sinónimos

  • Não há cárceres belos, nem amores feios.
  • Prisão não é bonita; o amor embeleza tudo.
  • O amor torna tudo belo; a prisão nada embeleza.

Relacionados

  • O amor é cego.
  • Quem ama tudo desculpa.
  • A aparência ilude.

Contrapontos

  • Existem prisões modernas com condições humanas e menos degradantes; a frase não pretende negar melhorias estruturais.
  • O amor nem sempre torna tudo bom — pode justificar comportamentos tóxicos ou justificar abusos.
  • A perceção do belo é cultural e subjetiva; nem tudo o que é amado será considerado belo por outrem.

Equivalentes

  • Inglês
    There is no such thing as a pretty prison; love makes the beloved seem beautiful. (cf. 'Love is blind')
  • Espanhol
    No hay cárceles bonitas, ni amores feos. / El amor es ciego.
  • Francês
    Il n'y a pas de prisons belles, ni d'amours laids. / L'amour est aveugle.