Não há cárceres bonitos, nem amores feios.
Advertência contra a romantização da prisão ou da restrição e contra o desprezo por afectos alheios: prisões não são belas; o amor, mesmo modesto ou estranho, merece respeito.
Versão neutra
Não existem cárceres bonitos nem amores feios.
Faqs
- O que quer dizer exactamente este provérbio?
Significa que não se deve glorificar a privação de liberdade nem diminuir os afectos dos outros só porque não correspondem a padrões exteriores; recorda a necessidade de respeito e de evitar romantização. - Posso usar este provérbio quando falo de relacionamentos abusivos?
Com cautela. O provérbio chama à atenção para o respeito pelos sentimentos alheios, mas não deve ser usado para justificar ou minimizar relações que causem dano. - Em que contextos sociais é mais comum este provérbio?
Em debates familiares sobre escolhas amorosas, em crónicas sociais que criticam a romantização de situações de poder e, ocasionalmente, em discussões sobre política prisional.
Notas de uso
- Usa-se para rejeitar a idealização de situações de controlo, confinamento ou opressão.
- Emprega-se também para combater comentários que desvalorizam afetos de outras pessoas por não corresponderem a padrões estéticos ou sociais.
- Não deve ser tomado como apologia a relações abusivas: serve antes como lembrete para não menosprezar sentimentos, mas sem ignorar danos ou violência.
- Adequado em conversas sobre julgamentos morais, relações pessoais e análise social de instituições.
Exemplos
- Quando a família criticou o casamento simples do sobrinho, ela respondeu: «Não há cárceres bonitos, nem amores feios» — cada relação tem o seu valor.
- Num artigo sobre condições prisionais, o jornalista escreveu que não há cárceres bonitos, lembrando que nem a disciplina nem a arquitetura apagam a privação de liberdade.
Variações Sinónimos
- Não existem prisões bonitas, nem amores feios.
- Não há prisão que seja bela, nem amor que seja feio.
- Não há cárceres lindos, nem amores feios.
Relacionados
- Quem ama o feio, bonito lhe parece.
- O amor é cego.
- Cada um sabe de si.
Contrapontos
- Há quem afirme que alguns relacionamentos tóxicos ou abusivos não devem ser romantizados nem respeitados por serem prejudiciais.
- Em contextos penais, argumenta-se que existem prisões que respeitam mais os direitos humanos, pelo que a expressão pode exigir nuance.
Equivalentes
- Inglês
There are no beautiful prisons, nor ugly loves. - Espanhol
No hay cárceles bonitas, ni amores feos. - Francês
Il n'y a pas de prisons jolies, ni d'amours laids. - Italiano
Non ci sono carceri belle, né amori brutti.