Não há rosas sem espinhos, nem amores sem ciúme.
Coisas boas trazem sempre dificuldades; no contexto amoroso, sugere que o ciúme acompanha frequentemente o amor, ainda que não seja inevitável.
Versão neutra
Nem tudo de valor vem sem dificuldades; o amor pode envolver ciúme, mas isso não o torna obrigatório nem justificável.
Faqs
- Qual é a origem deste provérbio?
A expressão sobre rosas e espinhos é antiga e de origem popular; a extensão que liga amor e ciúme é uma variação que sintetiza observações sociais sobre afetos. Não há autoria singular conhecida. - Significa que todo amor provoca ciúme?
Não necessariamente. O provérbio expressa uma tendência observada, não uma lei. Relações saudáveis podem existir com pouca ou nenhuma manifestação de ciúme. - É aceitável usar este provérbio para justificar ciúme intenso?
Não. Usar o provérbio para justificar comportamentos abusivos ou controladores é inadequado; ciúme não é desculpa para violar limites ou causar dano. - Em que contextos é apropriado usar esta frase?
Serve para consolar alguém face a dificuldades que acompanham algo desejável, ou para comentar, de forma geral, aspetos complexos das relações amorosas. Deve ser evitada quando minimiza situações de risco emocional.
Notas de uso
- Metáfora composta: a primeira parte é mais geral (rosas/espinhos), a segunda aplica-se a relações afetivas (amores/ciúme).
- Usa-se para consolar (aceitar sacrifícios) ou justificar frustrações, dependendo do contexto.
- Tom coloquial e proverbioso; adequado em conversas informais e comentários culturais, menos em textos técnicos.
- Não deve ser usado para desculpar comportamentos controladores ou abusivos: presença de ciúme não legitima violência.
- Ao empregar, atenção ao efeito pragmático — pode minimizar sentimentos legítimos de insegurança ou sinalizar tolerância a relações tóxicas.
Exemplos
- Quando recebeu a promoção teve mais responsabilidades e concordámos que 'não há rosas sem espinhos' — o sucesso trouxe cargas extras.
- Ela disse que sentia ciúmes, mas lembrei-lhe que 'nem amores sem ciúme' é um provérbio; precisamos distinguir ciúme passageiro de possessividade.
Variações Sinónimos
- Não há rosas sem espinhos.
- Nem tudo são rosas.
- Onde há amor, pode haver ciúme.
- Cada rosa tem o seu espinho.
Relacionados
- Nem tudo são rosas.
- Cada rosa tem o seu espinho.
- O amor é cego.
- Quem ama, cuida.
Contrapontos
- A ideia de que o amor implica ciúme é questionável: relações saudáveis assentam em confiança e comunicação, nem sempre em ciúme.
- Justificar ciúme como inevitável pode normalizar comportamentos controladores e impedir a resolução de problemas afetivos.
- Algumas culturas e discursos modernos valorizam modelos de amor não possessivo; por isso o provérbio pode soar conservador.
Equivalentes
- Inglês
Every rose has its thorn; there is sometimes jealousy in love. - Espanhol
No hay rosas sin espinas, ni amores sin celos. - Francês
Il n'y a pas de rose sans épine; l'amour s'accompagne parfois de jalousie.