Não levantes espada contra quem peça perdão.

Não faças justiça violenta ou vingativa contra alguém que genuinamente pede perdão; privilegia a misericórdia em vez da represália.

Versão neutra

Não ataques nem castigues quem pede perdão.

Significa isto que nunca se deve punir quem pede desculpa?
Não necessariamente. O provérbio recomenda clemência diante do arrependimento, mas não anula a necessidade de justiça, medidas reparadoras ou protecção da sociedade quando apropriado.
Aplica-se o provérbio a situações legais?
Como orientação ética, pode influenciar decisões judiciais e disciplinares, mas os sistemas legais têm regras próprias que podem exigir sanções apesar de um pedido de perdão.
Como distinguir um pedido de perdão sincero de um fingido?
Avalia-se a consistência do comportamento subsequente, a assunção de responsabilidade, a reparação feita e, quando possível, testemunhos ou evidências que confirmem a mudança de atitude.

Usa-se para recomendar clemência quando alguém reconhece o erro e pede desculpa.
Aplica-se tanto a conflitos pessoais como a decisões de liderança (por exemplo, chefias, juízes morais).
Implica a avaliação da sinceridade do pedido de perdão; não incentiva a tolerância frente a crimes graves impunes.
Serve como princípio ético, não como instrução legal: justiça e responsabilidade podem exigir medidas diferentes da mera misericórdia.

Depois da discussão, ela pediu desculpa com sinceridade; lembrando o provérbio, ele decidiu não lhe responder com insultos nem vingança.
O chefe, ao saber que o trabalhador assumiu a culpa e pediu perdão, preferiu a advertência e a formação em vez de despedir — não levantou espada contra quem pediu perdão.
Num contexto comunitário, optou-se pela reconciliação entre vizinhos, porque o agressor mostrou arrependimento e pediu perdão.

Pedidos de perdão falsos ou manipulativos não devem impedir medidas disciplinares ou judiciais.
Crimes graves ou perigos públicos exigem investigação e responsabilização independentemente do pedido de perdão.
A misericórdia sem reparação pode perpetuar injustiças; às vezes é necessária sanção para proteger terceiros.