Não se deve fazer nem tudo o que se pode, nem tudo o que se quer.
Não se deve fazer nem tudo o que se pode, nem tudo o que se quer.
Advertência para que a capacidade ou o desejo não sejam critérios únicos: agir deve considerar limites éticos, legais, práticos e consequenciais.
Versão neutra
Nem tudo o que se pode fazer deve ser feito, e nem tudo o que se deseja é aconselhável.
Faqs
Quando devo aplicar este provérbio? Quando a capacidade técnica, legal ou financeira de fazer algo conflita com considerações éticas, de impacto social, de segurança ou de responsabilidade a longo prazo.
Significa isto que nunca devemos agir quando queremos algo? Não. Significa que o desejo por si só não é critério suficiente; é preciso avaliar consequências, princípios e alternativas antes de agir.
Como decidir se algo deve ser feito apesar dos riscos? Faça uma análise de custos/benefícios, consulte partes interessadas, verifique a legalidade e considere mitigação de riscos. Priorize transparência e responsabilidade.
Este provérbio promove conservadorismo excessivo? Pode ser interpretado assim, mas a intenção típica é prudência informada, não imobilismo: trata‑se de equilibrar coragem e cuidado.
Notas de uso
Usa‑se para aconselhar contenção e ponderação antes de agir.
Aplica‑se em situações com consequências éticas, legais, financeiras ou sociais.
Não é um apelo à inação absoluta, mas a avaliar riscos e responsabilidades.
Pode servir como regra prática em decisões profissionais, políticas e pessoais.
Exemplos
Num dito do departamento de TI: apesar de podermos recolher muitos dados, não devemos fazê‑lo sem critérios éticos e consentimento.
Quando recebeu a herança, ponderou que, embora pudesse gastar tudo de imediato, não o fez por responsabilidade familiar e fiscal.
Variações Sinónimos
Nem tudo o que se pode fazer deve ser feito.
Só porque se quer, não significa que se deva.
Há coisas que se podem fazer, mas não convém fazer.
Saber conter‑se é tão importante quanto ter capacidade.
Relacionados
Quem tudo quer, tudo perde.
Há limites para tudo.
Mais vale prevenir do que remediar.
Pondera antes de agir.
Contrapontos
Argumento a favor da ação: algumas oportunidades exigem rapidez e não permitem longas deliberações.
Perspetiva do progresso: inibir todas as ações por cautela pode travar inovação e melhoria.
Risco de complacência: excesso de contenção pode justificar imobilismo e desculpas para não assumir responsabilidades.
Equivalentes
inglês Just because you can doesn't mean you should.
espanhol No porque se pueda, hay que hacerlo.
francês Ce n'est pas parce qu'on peut qu'on doit.
alemão Nur weil man etwas tun kann, heißt das nicht, dass man es tun sollte.