Não se pode ser juiz com tais mordomos.
É impossível ser imparcial ou tomar decisões justas quando se conta com auxiliares, servidores ou colaboradores tendenciosos ou corruptos.
Versão neutra
Não se pode ser imparcial quando se conta com auxiliares tendenciosos.
Faqs
- O que significa este provérbio em poucas palavras?
Que a justiça ou a imparcialidade de uma pessoa fica comprometida quando os assistentes ou o ambiente são tendenciosos, interessados ou corruptos. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer apontar que uma decisão ou julgamento não pode ser considerado justo por influência de quem rodeia o decisor — por exemplo, conselheiros com interesses na questão. - Tem origem conhecida?
Não existe uma origem documentada amplamente aceite para esta formulação popular; reflecte a velha preocupação com a imparcialidade presente em muitos sistemas jurídicos e proverbiais. - Como se aplica no contexto moderno, por exemplo em empresas ou na política?
Serve para reclamar auditorias independentes, recusa de funções ou intervenção de terceiros quando há conflito de interesses, reforçando a necessidade de transparência.
Notas de uso
- Usa‑se para sublinhar que a imparcialidade de quem decide fica comprometida pelos auxiliares ou pelo ambiente que o rodeia.
- Aplica‑se tanto em contextos informais (família, empresa) como em críticas a decisões públicas quando há interesses ligados.
- Pode ser usada de forma literal (juízes ou administradores influenciados) ou figurada (qualquer pessoa cuja equipa é parcial).
- Implicita um apelo a remover os agentes parciais ou a recorrer a instâncias externas para garantir justiça.
Exemplos
- O presidente quis arbitrar o conflito, mas os conselheiros eram todos interessados — não se pode ser juiz com tais mordomos.
- Numa revisão interna da empresa, disseram que não aceitariam o relatório elaborado pelos próprios auditores: não se pode ser juiz com tais mordomos.
Variações Sinónimos
- Não se pode ser juiz em causa própria.
- Com tais auxiliares não há imparcialidade.
- Quem tem mordomos assim não pode julgar com justiça.
Relacionados
- Ninguém é juiz em causa própria.
- Nemo judex in causa sua (princípio jurídico latino).
- A imparcialidade é fundamental para a justiça.
Contrapontos
- Existem mecanismos (recusa, supervisão externa, auditoria independente) que permitem decisões justas mesmo quando há auxiliares internos: a solução é a transparência e a fiscalização.
- Em pequenas comunidades ou famílias, podem aceitar‑se julgamentos internos se todas as partes confiarem nos mediadores; nesse caso o provérbio perde parte da força.
Equivalentes
- Latim
Nemo judex in causa sua. - Inglês
One cannot be judge in one's own cause / You can't be judge in your own case. - Espanhol
No se puede ser juez en causa propia / No se puede ser juez con tales mayordomos. - Francês
On ne peut pas être juge avec de tels intendants.