Não sou casado, não me chamo Manuel, nem moro em Niterói.
Forma humorística e enfática de negar uma afirmação, desassociar-se de uma responsabilidade ou recusar ser a pessoa referida.
Versão neutra
Não sou casado, não me chamo Manuel e não moro em Niterói.
Faqs
- O que significa este provérbio?
É uma frase coloquial usada para negar de forma enfática e humorística que se é a pessoa ou responsável por algo. Enumera elementos improváveis para reforçar a negação. - De onde vem exactamente?
A origem precisa não é conhecida. É uma expressão de uso coloquial no Brasil; as referências a 'Manuel' e 'Niterói' são exemplares e podem variar. - Posso usá‑la em contexto formal?
Não é recomendável. O tom é jocoso e coloquial; em contextos formais deve preferir‑se uma negação clara e factual. - Existe equivalente em português de Portugal?
Sim — a construção retórica pode manter‑se com nomes e locais locais (por exemplo, «Não sou casado, não me chamo Manuel e não moro no Porto»), mas a versão original é imediatamente compreendida em Portugal como coloquialismo brasileiro.
Notas de uso
- Frase de registo informal e jocoso; comum em conversas coloquiais.
- Emprega uma enumeração de negativas para reforçar a negação (estado civil, nome pessoal, local de residência).
- A referência a 'Manuel' e a 'Niterói' pode variar regionalmente; o efeito retórico mantém‑se com outros nomes/locais.
- Evitar em contextos formais, profissionais ou judiciais onde uma negação precisa deve ser dada de forma direta e verificável.
Exemplos
- Quando o vizinho disse que alguém tinha partido a janela, ele respondeu: «Não sou casado, não me chamo Manuel, nem moro em Niterói», para sublinhar que não era o culpado nem a pessoa a que se referiam.
- Ao ouvir o boato de que supostamente tinha beneficiado de um contrato, ela replicou com ironia: «Não sou casado, não me chamo Manuel, nem moro em Niterói», recusando a acusação de forma sarcástica.
Variações Sinónimos
- Não sou casado, não me chamo João e não moro no Porto.
- Não sou eu, não me chamo Manuel e não tenho casa em Niterói.
- Não sou fulano, não me chamo assim e não moro nesse sítio.
Relacionados
- Não é da minha conta.
- Quem não deve não teme.
- Não fui eu.
Contrapontos
- Usar esta frase como única resposta a acusações sérias pode ser visto como evasivo ou pouco sério.
- Em situações formais (por exemplo, no trabalho ou perante autoridade), é preferível negar com factos ou provas em vez de humor.
- Pode ser incompreendida fora de culturas lusófonas onde referências como 'Manuel' ou 'Niterói' não têm o mesmo efeito.
Equivalentes
- inglês
I'm not married, my name isn't John, and I don't live in Timbuktu. - espanhol
No estoy casado, no me llamo Manuel ni vivo en Niterói.