Não te fies em vilão, nem bebas água de charqueirão.

Não te fies em vilão, nem bebas água de charque ... Não te fies em vilão, nem bebas água de charqueirão.

Aconselha a não confiar em pessoas desonestas nem a expor-se a riscos óbvios, como beber água de fontes paradas ou duvidosas.

Versão neutra

Não confies em pessoas desonestas, nem bebas água parada.

Faqs

  • O que significa 'charqueirão'?
    «Charqueirão» é um termo regional que descreve normalmente água parada, um charco ou poça. No provérbio funciona como metáfora para fontes duvidosas ou perigosas.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Usa‑se ao aconselhar prudência face a pessoas de má fama, negócios arriscados ou práticas perigosas; é comum em contexto familiar e em diálogo informal.
  • O termo 'vilão' é ofensivo?
    Hoje 'vilão' significa pessoa má ou desonesta; pode soar forte dependendo do contexto. Histórica e etimologicamente tinha outro sentido (habitante vil), pelo que convém ter atenção ao tom ao usar o provérbio.

Notas de uso

  • Usa‑se para advertir alguém contra confiar em quem tem má fama ou comportamento desonesto.
  • Emprega‑se também de forma metafórica para desencorajar a tomada de riscos evidentes.
  • Registo popular e algo arcaico: «vilão» pode gerar ambiguidade histórica (no medieval significava camponês, hoje significa pessoa vil).
  • «Charqueirão» é termo regional; em linguagem corrente pode traduzir‑se por «charco», «poça» ou «água parada».

Exemplos

  • Antes de assinar aquele contrato, lembra‑te: não te fies em vilão, nem bebas água de charqueirão — verifica as condições e pede aconselhamento.
  • Quando Félix quis investir sem perguntar, a avó disse: 'Não te fies em vilão, nem bebas água de charqueirão' — ou seja, não confies cegamente e evita riscos óbvios.
  • Ao viajar para zonas rurais, lembra‑te do provérbio: não te fies em vilão, nem bebas água de charqueirão — trata a água antes de beber.

Variações Sinónimos

  • Não confies em pessoa vil, nem bebas água de charco.
  • Não te fies em mau homem, nem bebas água parada.
  • Não confies em malfeitor; evita água de charco.

Relacionados

  • Mais vale prevenir do que remediar.
  • Confia, mas confere.
  • Quem tudo quer, tudo perde. (uso em contextos de prudência)

Contrapontos

  • Confiar é necessário para relações sociais e económicas — desconfiança absoluta impede cooperação útil.
  • Nem toda água parada é perigosa se devidamente tratada; a advertência aplica‑se a situações de risco evidente.
  • A prudência não deve transformar‑se em paranóia: avaliar contexto e fontes é preferível a rejeição automática.

Equivalentes

  • inglês
    Don't trust a scoundrel, and don't drink from a stagnant pool. (equivalente literal); idiomaticamente: Don't trust a snake in the grass.
  • espanhol
    No te fíes del villano ni bebas agua del charco. (equivalente direto) / No confíes en un sinvergüenza.
  • francês
    Ne te fie pas à un méchant, et ne bois pas l'eau d'une mare. (equivalente literal)