Não te fies em água que não corra, nem em gato que não mie.
Avisa contra confiar em coisas ou pessoas que não revelam sinais normais de vida ou fiabilidade; a aparente calma ou silêncio pode ocultar risco ou falsidade.
Versão neutra
Não confies em água parada nem em gato que não mia.
Faqs
- O que significa este provérbio em poucas palavras?
Significa que devemos desconfiar de situações, pessoas ou coisas que não mostram sinais normais de vida ou fiabilidade — a ausência de sinais pode ocultar risco. - Quando devo usar este provérbio?
Use‑o para aconselhar prudência em contextos onde algo parece demasiado calmo, passivo ou silencioso — por exemplo, em negócios, relações ou avaliações de segurança. - É ofensivo aplicar este provérbio a alguém?
Pode soar desconfiado se dirigido a uma pessoa concreta sem razão; é preferível explicar as razões da desconfiança em vez de apenas recitar o provérbio.
Notas de uso
- Tom e registo: proverbio de uso coloquial e literário; costuma transmitir conselho ou prudência.
- Aplicação: usa-se para alertar contra confiar em situações, pessoas ou objetos que não mostram sinais habituais (movimento, reação, manifestação).
- Não é literal: 'água que não corre' e 'gato que não mie' são imagens metafóricas — refere-se à ausência de sinais esperados.
- Pessoal: dirigido geralmente à segunda pessoa (tu), mas pode ser reescrito em formas neutras ou na terceira pessoa.
- Contextos comuns: relações pessoais, negócios, avaliação de intenções alheias, e situações em que a passividade pode ocultar perigo.
Exemplos
- Quando o sócio propôs uma operação demasiado silenciosa, lembrei‑me: 'Não te fies em água que não corra, nem em gato que não mie' — optei por pedir garantias.
- Ao avaliar a segurança do edifício, o engenheiro disse que a fachada perfeita não bastava; 'as aparências enganam — não te fies em água que não corra, nem em gato que não mie'.
Variações Sinónimos
- Não confies em água parada nem em gato que não mia.
- Não te fies em água parada, nem em quem não dá sinais.
- Água parada, gato mudo — cuidado com as aparências.
Relacionados
- As aparências enganam.
- Nem tudo o que reluz é ouro.
- Água parada cria lodo (sobre estagnação e desconfiança).
Contrapontos
- O silêncio nem sempre é suspeito: discrição pode ser sinal de prudência e não de perigo.
- Nem toda a falta de reação implica falsidade; alguns indivíduos ou coisas são naturalmente discretos ou tranquilos.
- Aplicar o provérbio sem contexto pode conduzir a suspeitas injustas; é preciso avaliar outros sinais antes de concluir.
Equivalentes
- inglês
Still waters run deep (interpretação próxima: a calma pode esconder algo inesperado). - francês
Il faut se méfier de l'eau qui dort (Convém desconfiar da água parada). - espanhol
Agua que no corre, estanca (perigo ou desconfiança na estagnação).