Nem muito ao mar, nem muito à terra.
Aconselha a evitar extremos e a procurar um ponto de equilíbrio entre posições ou comportamentos opostos.
Versão neutra
Evitar extremos; procurar um ponto de equilíbrio entre opções opostas.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer aconselhar moderação, evitar posições extremas ou recomendar uma solução equilibrada em debates, decisões pessoais ou gestão. - O provérbio tem origem marítima?
Provavelmente sim: o sentido literal remete para a navegação, onde manter uma distância intermédia entre o mar aberto e a costa evita perigos. Posteriormente passou a ser usado metaforicamente. - É sempre correcto seguir o conselho do provérbio?
Não obrigatoriamente. Em situações de urgência, inovação ou necessidade de ação decisiva, optar por um extremo pode ser justificado. O provérbio é uma orientação geral, não uma regra absoluta. - Que registo tem este provérbio?
É de registo coloquial e popular; adequado em conversas, textos divulgativos e aconselhamentos. Também pode aparecer em registos formais quando se cita sabedoria popular.
Notas de uso
- Usa‑se como conselho prático para decisões pessoais, profissionais e sociais.
- Tom habitual: conselhador; pode ser dito informalmente ou em contexto mais sério como recomendação de meio termo.
- Origem provável em comunidades marítimas, onde navegar «nem muito ao mar nem muito à terra» significava evitar perigos do largo e da costa.
- Não é um imperativo absoluto: em situações de crise ou emergência, medidas extremas podem ser necessárias.
Exemplos
- Na reunião, o chefe aconselhou: "Nem muito ao mar, nem muito à terra" — não sejamos nem demasiado permissivos nem demasiado rígidos nas regras internas.
- Ao navegar naquela costa rochosa, o patrão repetia o provérbio para lembrar os marinheiros a manterem uma rota segura: nem muito para o largo, nem muito para a terra.
- Na alimentação, a recomendação é simples: nem muito ao mar, nem muito à terra — moderação nas quantidades e variedade nos alimentos.
Variações Sinónimos
- Nem tanto ao mar, nem tanto à terra
- Nem demais nem de menos
- O justo meio
- Não ir aos extremos
- Não exagerar
Relacionados
- Nequid nimis / Nada em excesso (latim/grego: ideia de moderação)
- O meio‑termo é o melhor
- Demasiado de tudo faz mal
Contrapontos
- Em algumas circunstâncias (crise, guerra, emergência médica) agir com contundência e tomar medidas extremas é necessário.
- Para projetos inovadores, é por vezes preciso arriscar e posicionar‑se claramente para obter vantagem; o meio‑termo pode significar indecisão.
- Em contextos artísticos ou criativos, exceder limites pode ser deliberado e produtivo; a moderação nem sempre é desejável.
Equivalentes
- Inglês
Don't go to extremes / Seek the middle ground - Latim
Ne quid nimis (Nada em excesso) - Espanhol
Ni mucho mar ni mucha tierra - Francês
Le juste milieu