Nem tudo que brilha, é diamante.
As aparências podem enganar: algo que parece valioso nem sempre o é.
Versão neutra
Nem tudo o que brilha é valioso.
Faqs
- De onde vem este provérbio?
Trata-se de uma fórmula proverbial com raízes na tradição europeia; a ideia aparece em textos antigos (p. ex. Chaucer) e foi tornada famosa em inglês por Shakespeare. A versão portuguesa adaptou a expressão, por vezes substituindo «ouro» por «diamante» para maior ênfase. - Quando devo usar este provérbio?
Usa-se para advertir alguém contra julgamentos apenas pelo aspeto exterior, em contextos de consumo, investimento, relações ou análise de propostas. É apropriado quando se quer sublinhar prudência. - Há diferença entre dizer «ouro» ou «diamante»?
Não em termos de sentido: ambas as formas transmitem que o valor aparente pode ser enganador. «Diamante» é uma hipérbole que intensifica a ideia; «ouro» é a forma idiomática mais tradicional. - O provérbio é ofensivo?
Não; é uma advertência geral. Contudo, como qualquer provérbio, pode ser interpretado como cético ou desconfiado se usado para pôr em causa alguém sem provas.
Notas de uso
- Usa-se para advertir sobre julgamentos baseados só na aparência ou na publicidade.
- Tom normalmente cauteloso; adequado em contextos de conselho, crítica de consumo ou avaliação de propostas.
- A variante com «diamante» é mais figurada e enfática; a forma tradicional em português é «Nem tudo o que reluz é ouro».
- Em registos formais, pode preferir-se uma formulação mais neutra, por exemplo «nem tudo o que brilha é valioso».
- Não é literal: raramente se refere a pedras preciosas reais, mas a valor percebido.
Exemplos
- O anúncio prometia um relógio de luxo a um preço muito baixo; depois de o abrir, percebemos que era apenas cromado — nem tudo que brilha, é diamante.
- Quando te ofereceram aquela oportunidade de negócio, pensei em avisar: analisa bem os documentos; nem tudo que brilha, é diamante.
Variações Sinónimos
- Nem tudo o que reluz é ouro
- Nem tudo que reluz é ouro
- Nem tudo que brilha é ouro
- Nem tudo o que brilha é valioso
- O que parece ouro pode ser latão
Relacionados
- As aparências enganam
- Não julgues um livro pela capa
- Olhos não vêem, coração não sente
Contrapontos
- Por vezes a aparência é indicador útil de qualidade — observar sinais visuais pode ser pragmático quando outros dados faltam.
- Provérbios como «Quem não arrisca não petisca» lembram que, apesar das aparências, pode valer a pena arriscar quando a análise de risco for favorável.
Equivalentes
- Inglês
All that glitters is not gold - Espanhol
No todo lo que brilla es oro - Francês
Tout ce qui brille n'est pas or - Alemão
Es ist nicht alles Gold, was glänzt - Italiano
Non è tutto oro quel che luccica