Ninguém é tão pobre, que não possa dar, nem tão rico, que não possa receber.
Sublinhar a dignidade de dar e de receber: mesmo os mais modestos podem oferecer algo, e os muito afortunados também podem precisar ou aceitar ajuda.
Versão neutra
Mesmo quem tem poucos recursos pode dar algo; mesmo os mais ricos podem necessitar e aceitar ajuda.
Faqs
- O que quer dizer este provérbio em poucas palavras?
Significa que a capacidade de dar e de receber pertence a todas as pessoas: o dar expressa solidariedade e o receber expressa humildade e interdependência. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Em situações que envolvem ajuda mútua, caridade ou para incentivar tanto a generosidade como a aceitação de apoio, lembrando que aceitar ajuda não é desonroso. - Pode este provérbio ser mal interpretado?
Sim. Pode ser mal usado para pressionar os pobres a doar ou para minimizar as consequências de desigualdades económicas. Deve ser aplicado com sensibilidade ao contexto.
Notas de uso
- Usa‑se para encorajar generosidade e humildade simultaneamente: não envergonhar quem recebe nem orgulhar quem dá.
- Frequentemente citado em contextos de solidariedade, caridade, voluntariado e relações interpessoais.
- Não deve ser usado para pressionar pessoas economicamente vulneráveis a doar além das suas possibilidades.
- Funciona como lembrete cultural de reciprocidade e da interdependência social.
Exemplos
- Depois das cheias, a comunidade provou que ninguém é tão pobre que não possa dar, nem tão rico que não possa receber — vizinhos trocaram roupas e aceitaram donativos com dignidade.
- Num debate sobre filantropia, o orador citou o provérbio para lembrar que pedir apoio não diminui ninguém, e que oferecer ajuda é um acto comum a todos.
Variações Sinónimos
- Ninguém é tão pobre que não possa dar, nem tão rico que não possa receber.
- Não há tão pobre que não possa doar, nem tão rico que não possa aceitar.
- Ninguém tão pobre para não dar, nem tão rico para não receber.
Relacionados
- Mais vale dar do que receber (variações sobre o valor do dar).
- Quem dá aos pobres, empresta a Deus (sobre recompensa moral de dar).
- Aquele que recebe não perde a sua dignidade (sentido complementar).
Contrapontos
- O provérbio não justifica explorar a pobreza: há limites claros ao que é razoável pedir a quem tem poucos recursos.
- Aceitar ajuda pode ser difícil por razões culturais ou pessoais; o provérbio não elimina o estigma social nem as desigualdades estruturais.
- Dar com imposição ou orgulho deixa de ser verdadeiramente generoso; a intenção e a relação de poder importam.
Equivalentes
- Inglês
No one is so poor that he cannot give, nor so rich that he cannot receive. - Espanhol
Nadie es tan pobre que no pueda dar, ni tan rico que no pueda recibir. - Francês
Personne n'est si pauvre qu'il ne puisse donner, ni si riche qu'il ne puisse recevoir.