Ninguém ria do que chora, que pode chorar também.
Admoesta contra a zombaria do sofrimento alheio, lembrando que qualquer pessoa pode passar por infortúnios.
Versão neutra
Não devemos rir de quem sofre, porque qualquer pessoa pode vir a sofrer também.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado como advertência ou recriminação quando alguém zomba do sofrimento alheio; usado para promover empatia e prudência moral. - O provérbio sugere passividade perante injustiças?
Não necessariamente; alerta contra a alegria com a desgraça alheia, mas não impede criticar comportamentos que mereçam censura. O contexto distingue empatia de complacência. - É um provérbio de origem religiosa?
Não há prova de origem religiosa específica; é um saber popular que coincide com princípios éticos presentes em várias tradições, religiosas e seculares. - Pode ser usado em contextos formais?
Geralmente é coloquial e moralizante; em contextos formais convém optar por linguagem mais direta sobre empatia e respeito.
Notas de uso
- Usa‑se para censurar atitudes de gozo perante a dor ou azar de outrem.
- Registo: geralmente coloquial e moralizante; apropriado em conversas familiares e em advertências éticas.
- Pode servir também como lembrete sobre a transitoriedade da sorte e a necessidade de empatia.
- Não é uma regra legal ou científica, mas um conselho social/ético.
Exemplos
- Quando viram o colega chorar por causa do erro, o chefe disse: «Ninguém ria do que chora, que pode chorar também» — todos se calaram e ofereceram ajuda.
- Na conversa entre vizinhos, ela lembrou: «Não te rias da situação dele — ninguém ria do que chora, que pode chorar também», para travar as piadas sobre a má sorte do outro.
Variações Sinónimos
- Não rias do que chora; podes chorar amanhã.
- Não te alegres com a desgraça alheia.
- Não zombes do azar dos outros; a sorte é volúvel.
- Não te rias da dor do próximo, porque também poderás sofrer.
Relacionados
- Não te alegres da desgraça alheia.
- A sorte é volúvel.
- Hoje por ti, amanhã por mim. (variante coloquial)
- Quem ri por último ri melhor. (uso contrastante sobre mudança de fortuna)
Contrapontos
- Em contextos de humor consensual ou sátira dirigida a figuras públicas, o riso pode ser socialmente aceitável sem constituir falta de empatia.
- O provérbio pode ser usado indevidamente para silenciar críticas legítimas a comportamentos que merecem censura (não é desculpa para tolerar injustiças).
Equivalentes
- Inglês
Don't laugh at someone else's misfortune; you may be next. - Espanhol
No te rías del que llora, que puedes llorar tú también. - Francês
Ne te moque pas de celui qui pleure, tu pourrais pleurer aussi. - Alemão
Lache nicht über den, der weint; du könntest auch weinen.