Ninguém tire à roupa o sabão, nem o centeio ao pão

Ninguém tire à roupa o sabão, nem o centeio ao  ... Ninguém tire à roupa o sabão, nem o centeio ao pão.

Advertência contra privar alguém do essencial ou retirar aquilo que garante sustento ou funcionalidade.

Versão neutra

Não retires o sabão da roupa nem o centeio do pão — não retires o essencial.

Faqs

  • O que significa este provérbio?
    Significa que não se deve privar alguém ou algo do que é essencial para a sua subsistência, funcionamento ou dignidade.
  • Em que situações se usa?
    Usa‑se quando se critica a retirada de recursos, direitos ou meios essenciais — por exemplo, cortes salariais, redução de benefícios sociais ou supressão de ingredientes/elementos essenciais.
  • É um provérbio ainda usado em Portugal?
    É de tom tradicional e rural, mas a ideia continua corrente; hoje aparece frequentemente de forma metafórica em debates sociais e laborais.

Notas de uso

  • Usa‑se para defender que não se deve retirar meios básicos ou componentes essenciais a alguém ou a algo.
  • Tom: proverbio, geralmente preventivo e moralizador; pode ser empregue em contextos familiares, sociais ou laborais.
  • Contexto tradicional: linguagem rural/antiga; hoje aplicado de forma metafórica (p.ex. cortes de salários, retirada de recursos).
  • Não é uma fórmula jurídica; funciona como argumento ético ou retórico.

Exemplos

  • Quando a fábrica anunciou despedimentos e reduções salariais, muitos disseram: «Ninguém tire à roupa o sabão, nem o centeio ao pão», alegando que não se deveria privar os trabalhadores do seu sustento.
  • Ao discutir cortes no orçamento da escola, a diretora lembrou o provérbio: não podemos «tirar o centeio ao pão» das refeições dos alunos; alguns recursos são indispensáveis.

Variações Sinónimos

  • Não lhe tires o pão da boca
  • Não retires o essencial
  • Não lhe cortes o sustento

Relacionados

  • Não lhe tires o pão da boca (variante corrente)
  • Dar com uma mão e tirar com a outra (contradição em atos de ajuda)
  • Quem dá aos pobres empresta a Deus (sobre obrigação moral de ajudar)

Contrapontos

  • Em situações de fraude ou abuso, retirar recursos pode ser justificado (p.ex. cortar benefícios a quem os usa indevidamente).
  • Medidas de austeridade pontuais podem ser consideradas necessárias para preservar o funcionamento global de uma instituição.
  • A proteção do coletivo às vezes exige limites individuais; nem toda redução é uma injustiça se feita de forma transparente e proporcional.

Equivalentes

  • Português (variante corrente)
    Não lhe tires o pão da boca.
  • Inglês
    Don't take the bread out of someone's mouth / Don't deprive someone of their livelihood.
  • Espanhol
    No le quites el pan de la boca.
  • Francês
    Ne lui retirez pas le pain de la bouche.