O boi da tua vaca, e o moço da tua braga

O boi da tua vaca, e o moço da tua braga.
 ... O boi da tua vaca, e o moço da tua braga.

Aconselha a não se intrometer nos assuntos dos outros; cada um deve tratar do que é seu.

Versão neutra

Cuida do que é teu e não te metas nos assuntos dos outros.

Faqs

  • O que significa exactamente este provérbio?
    Significa que cada pessoa deve tratar dos seus assuntos e não se intrometer nos assuntos alheios. É uma forma coloquial de lembrar limites e propriedade.
  • É considerado rude dizer isto a alguém?
    Pode ser percebido como rude ou seco dependendo do tom e do contexto. Em situações formais ou com pessoas pouco próximas, é preferível uma formulação mais amena.
  • Qual é a origem desta expressão?
    Trata-se de um provérbio popular de origem rural em Portugal. Não há registo histórico preciso da sua criação; circulou oralmente em comunidades locais.

Notas de uso

  • Registo coloquial e regional; usado principalmente em contextos familiares ou comunitários.
  • Serve como reprimenda curta quando alguém se envolve em assuntos alheios sem ser convidado.
  • Pode soar ríspido dependendo do tom; nem sempre é apropriado em contextos formais.
  • A expressão usa imagens rurais e arcaísmos (como 'braga' no sentido de peça de vestuário), o que a torna menos transparente para ouvintes urbanos modernos.

Exemplos

  • Quando o vizinho começou a criticar as escolhas de decoração da Ana, ela respondeu: «O boi da tua vaca, e o moço da tua braga» — cuida do que é teu.
  • No café, o Pedro meteu-se em debates alheios e levou uma resposta seca: «O boi da tua vaca, e o moço da tua braga», para lhe lembrar que não era da sua conta.
  • A professora pediu que os alunos concentrassem-se no seu trabalho. Um colega murmurou um comentário e a professora replicou: «O boi da tua vaca, e o moço da tua braga» — não interrompas os outros.

Variações Sinónimos

  • Cada macaco no seu galho.
  • Cuida da tua vida.
  • Cada um por si.

Relacionados

  • Cada macaco no seu galho.
  • Cada um com os seus
  • Não metas a colher onde não te chamam

Contrapontos

  • Em situações de risco ou prejuízo, intrometer-se pode ser necessário para ajudar (por exemplo, intervir numa situação de violência).
  • Em comunidades pequenas, é comum que as vidas sejam interligadas; o princípio de não intrometer-se pode conflitar com responsabilidades coletivas.
  • Quando alguém pede opinião ou ajuda, a intromissão passa a ser aceitável e até desejável.

Equivalentes

  • inglês
    Mind your own business.
  • espanhol
    No te metas en lo que no te importa.
  • francês
    Occupe-toi de tes oignons (ou: Occupe-toi de tes affaires).