O cão e o gato comem o mal guardado.
Alerta de que aquilo que está mal protegido ou descuidado acaba por ser aproveitado ou tomado por terceiros.
Versão neutra
O que está mal guardado acaba por ser tomado por alguém.
Faqs
- O que significa este provérbio em termos práticos?
Significa que a negligência na protecção de bens, informação ou responsabilidades facilita que terceiros os apropriem ou explorem. Serve como aviso para melhorar vigilância e medidas preventivas. - Pode ser considerado ofensivo dizer isto a alguém que sofreu um roubo?
Sim, pode ser interpretado como culpar a vítima se usado de forma insensível. É mais apropriado como conselho preventivo do que como reprovação imediata após uma perda. - Em que contextos se usa mais frequentemente?
Em contextos domésticos (segurança da casa), empresariais (proteção de dados, recursos) e administrativos (responsabilidades delegadas). - Tem origem conhecida?
Não há origem documentada específica; pertence à tradição oral de provérbios que utilizam animais para ilustrar a ideia de aproveitamento do descuido.
Notas de uso
- Usado para advertir sobre negligência na guarda de bens, segredos, informação ou oportunidades.
- Tem um tom cautelar; aplica-se tanto a situações materiais (objetos, dinheiro) como imateriais (informação, responsabilidades).
- Pode ser utilizado para justificar medidas de segurança ou para criticar negligência, mas convém evitar tom de culpa automática sobre a vítima.
- Funciona bem em contextos familiares, empresariais e comunitários — sempre com intenção de prevenir perda por descuido.
Exemplos
- Se deixares a porta destrancada e o cofres à vista, o cão e o gato comem o mal guardado — põe fechaduras e controles de acesso.
- No projecto, documentos confidenciais andavam à solta na rede interna; o diretor lembrou a equipa que 'o cão e o gato comem o mal guardado' e reforçaram as permissões.
- Quando se negligencia a manutenção, até as pequenas falhas se agravam: o provérbio aplica-se tanto a bens como à reputação.
Variações Sinónimos
- O que está mal guardado, até o cão come.
- O que é mal guardado, acaba por se perder.
- O que não se protege, perde-se.
Relacionados
- Mais vale prevenir do que remediar.
- Casa roubada, trancas à porta.
- Quem não vela, perde.
Contrapontos
- Usar o provérbio para culpar vítimas de crime ou perda pode ser injusto se a proteção não era exequível.
- Excesso de protecção pode gerar desconfiança, reduzir acesso legítimo e criar burocracia desnecessária.
- Nem todas as perdas são evitáveis: fatores externos (catástrofes, fraude sofisticada) podem contrariar medidas razoáveis de guarda.
Equivalentes
- English
What is poorly guarded will be taken by someone (lit. even dogs and cats will eat it). - Español
Lo mal guardado lo come el perro y el gato. - Français
Ce qui est mal gardé finit par être pris, même par le chien et le chat.