O desconhecido sempre parece sublime

O desconhecido sempre parece sublime.

Tendemos a idealizar ou enobrecer aquilo que não conhecemos; o que é estranho ou novo aparenta mais valor ou beleza do que realmente tem.

Versão neutra

O que é desconhecido tende a ser idealizado.

Qual é a ideia principal deste provérbio?
Que as pessoas tendem a projectar qualidades superiores no que não conhecem; a falta de informação facilita a idealização.
É um aviso ou uma descrição neutra?
Principalmente uma descrição de comportamento perceptivo, mas costuma ser usada como aviso para evitar expectativas exageradas.
Quando é útil aplicar este provérbio?
Quando se prepara para decisões baseadas em impressões iniciais — por exemplo, ao mudar para um sítio novo, iniciar relações ou adoptar ideias sem investigação.
Tem origem literária ou filosófica conhecida?
Não há fonte única identificada; a ideia aproxima-se de reflexões filosóficas sobre a noção do 'sublime' (ex.: Kant), mas o provérbio é de uso popular.

Usa-se para advertir contra a idealização do novo ou do estranho, especialmente antes de obter informação direta.
Aplica-se em contextos pessoais (relações, viagens) e sociais (culturas, ideias), bem como no consumo de imagens e narrativas mediáticas.
O provérbio exprime uma observação psicológica sobre perceção e projeção, não uma regra absoluta.

Quando começou a seguir aquele artista estrangeiro nas redes sociais, tudo o que via lhe parecia sublime; só depois descobriu que a realidade era mais complexa.
Ao mudar de cidade, o bairro novo parecia sublime nos primeiros dias, até que enfrentou os ruídos e os imponderáveis do quotidiano.

Ao conhecer melhor algo, costuma perder-se a aura de perfeição — o desconhecido perde o encanto.
A curiosidade e a verificação crítica corrigem a idealização: informação reduz a ilusão.
Às vezes o desconhecido surpreende positivamente; nem toda idealização desemboca em decepção.