O golpe da sertã não fere, mas suja.

O golpe da sertã não fere, mas suja.
 ... O golpe da sertã não fere, mas suja.

Uma ação pode não causar dano físico, mas deixa marca, mácula ou embaraço.

Versão neutra

Um golpe leve não causa feridas, mas deixa manchas.

Faqs

  • Quando se usa este provérbio?
    Usa-se para comentar situações em que uma ação ou comentário não causa dano físico significativo, mas prejudica a imagem, causa embaraço ou deixa consequências visíveis.
  • É um provérbio violento ou ofensivo?
    É uma metáfora que usa a imagem de um golpe; em geral é coloquial e não pretende incitar violência. Deve-se evitar o uso literal em contextos de agressão real.
  • Tem origem histórica conhecida?
    Não existe uma origem documental clara; trata‑se de sabedoria popular provavelmente rural, transmitida oralmente.
  • Posso usar em contexto profissional?
    Sim, mas com cuidado: em ambientes formais pode ser preferível uma formulação mais neutra, porque a metáfora sugere violência e pode ser mal interpretada.

Notas de uso

  • Usa-se metaforicamente para avisar que algo aparentemente inofensivo tem consequências reputacionais ou deixa vestígios.
  • Registo coloquial; próprio de conversas informais e comentários sobre condutas ou palavras.
  • Não deve ser interpretado literalmente: a imagem refere-se a sujeira/mancha simbólica (reputação, vergonha).
  • Pode aplicar-se tanto a ações próprias como a acusações públicas que não têm danos jurídicos, mas prejudicam a imagem.

Exemplos

  • Disse-lhe a verdade em público: não lhe fez mal fisicamente, mas o comentário deixou-o envergonhado — o golpe da sertã não fere, mas suja.
  • O caso foi arquivado, mas a notícia espalhou-se; legalmente está quieto, porém a reputação sofreu — não feriu, mas sujou.
  • Quando se critica um colega sem provas, o resultado pode não ser uma acusação formal, mas fica a mancha na carreira: o golpe da sertã não fere, mas suja.

Variações Sinónimos

  • O golpe da frigideira não fere, mas suja.
  • Não fere, mas deixa marca.
  • Não mata, mas mancha (uso figurado).

Relacionados

  • Quem semeia ventos colhe tempestades (consequências das ações).
  • A mentira tem perna curta (consequências reputacionais de mentiras).
  • Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és (reputação e associação).

Contrapontos

  • Nem sempre uma 'mancha' é irreparável: em alguns casos a reputação pode ser reconstruída ou a informação provada errada.
  • A expressão minimiza a violência física; em cenários de agressão real a metáfora é inadequada.
  • Em contextos profissionais, um erro que 'suje' pode ter consequências disciplinares e não ser apenas simbólico.

Equivalentes

  • Inglês (tradução/semelhança)
    "The blow from the frying pan doesn't hurt, but it soils" — aproximado: "It doesn't hurt much, but it leaves a stain/mark."
  • Espanhol
    "El golpe de la sartén no hiere, pero ensucia" — tradução literal; equivalente aproximado: "No hace daño, pero deja huella."
  • Francês
    "Le coup de la poêle ne blesse pas, mais salit" — tradução literal; ideia semelhante: "Ça ne fait pas mal, mais ça laisse une tache."