O mentir vem do pouco ver e do muito ouvir.
A mentira nasce da falta de observação directa e do excesso de boatos ou rumores.
Versão neutra
A mentira costuma resultar da falta de observação directa e do excesso de informação não confirmada.
Faqs
- O que quer dizer exactamente este provérbio?
Significa que as mentiras surgem com frequência quando alguém não vê os factos directamente e baseia a sua opinião apenas em rumores ou comentários de terceiros. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer advertir contra a credulidade diante de boatos, promover a verificação dos factos ou criticar quem espalha informação sem confirmar. - É aplicável na era das redes sociais?
Sim. Hoje o excesso de informação e a partilha sem verificação intensificam o fenómeno: ouvir muito (ou ler muito) sem confirmar pode propagar mentiras. - Este provérbio implica que ver é sempre suficiente?
Não. É um alerta sobre a tendência para aceitar terceiros sem confirmar; ver ajuda, mas interpretações erradas ou contexto insuficiente também podem gerar falsidades.
Notas de uso
- Usa-se para advertir contra a difusão de boatos e para valorizar a verificação dos factos.
- Tom geralmente crítico; adequado em conversas sobre rumores, mal-entendidos ou desinformação.
- Registo: coloquial/colóquio popular — apropriado em contextos informais e em comentários sociais.
- Não é uma condenação universal: refere-se à origem frequente das mentiras, não exclui outras causas (medo, interesse, fantasia).
Exemplos
- Quando a notícia corria sem provas, lembrei‑me do provérbio: o mentir vem do pouco ver e do muito ouvir — por isso confirmei antes de partilhar.
- Numa reunião sobre o caso, alguém inventou pormenores porque só ouvira versões contraditórias; de novo se viu que o mentir vem do pouco ver e do muito ouvir.
Variações Sinónimos
- Quem pouco vê e muito ouve, mente facilmente.
- Da pouca visão e do muito ouvir nasce a mentira.
- A mentira nasce da ignorância e dos boatos.
Relacionados
- Ver para crer (Ver para crer)
- A mentira tem perna curta
- Não acredites em tudo o que ouves
Contrapontos
- Nem todas as mentiras provêm só de boatos: muitas resultam de medo, auto‑proteção, ganho pessoal ou de imaginação.
- Hoje, o excesso de informação (desinformação) também pode produzir falsidades mesmo quando as pessoas «ouvem» muito — o problema pode ser qualidade, não apenas quantidade.
- A observação directa nem sempre elimina a mentira; perceções selectivas ou interpretações erradas também alimentam falsidades.
Equivalentes
- English
Lying often comes from seeing little and hearing much. - Spanish
La mentira nace de ver poco y oír mucho. - French
Le mensonge vient de peu voir et d'entendre beaucoup. - German
Die Lüge entsteht oft aus wenig Sehen und viel Hören.