O pobre é como limão: nasceu para ser espremido.
Exprime a ideia de que as pessoas pobres existem para ser exploradas ou prejudicadas pelos mais poderosos.
Versão neutra
As pessoas em situação de pobreza são frequentemente alvo de exploração económica e social.
Faqs
- O que quer dizer este provérbio de forma resumida?
Significa que as pessoas pobres são vistas como destinadas a ser exploradas ou prejudicadas pelos outros; é uma expressão de naturalização da injustiça económica. - É apropriado usar este provérbio hoje em dia?
Geralmente não. É pejorativo e estigmatizante; só deve ser citado em contexto crítico, académico ou histórico, com explicação e sem complacência. - Quando pode ser útil referir este provérbio?
Em análises sociológicas, estudos sobre linguagem e poder, ou para ilustrar atitudes históricas que justificavam exploração — sempre acompanhado de comentário crítico.
Notas de uso
- Registo pejorativo e estigmatizante: classifica e desumaniza pessoas em situação de pobreza.
- Uso histórico: por vezes invocado para justificar práticas fiscais, laborais ou sociais injustas.
- Contexto actual: considerado insensível e potencialmente ofensivo; desaconselha‑se o seu uso em ambientes formais ou públicos.
- Pode aparecer em análises críticas de atitudes sociais, citações históricas ou estudos sobre linguagem e poder — sempre com contextualização e crítica.
Exemplos
- No debate sobre salários, alguém citou o provérbio «O pobre é como limão: nasceu para ser espremido» para criticar a mentalidade de alguns empregadores.
- Em aulas de sociologia, o professor reproduziu o ditado para discutir como expressões populares podem naturalizar a exploração, comentando em seguida a sua carga discriminatória.
Variações Sinónimos
- Paráfrase: «Os pobres são sempre os mais explorados.»
- Paráfrase: «Quem é pobre, acaba por ser espremido.»
- Observação: variações linguísticas que mantêm a ideia de inevitabilidade da exploração económica.
Relacionados
- Quem tem fome, tem pressa — refere necessidades imediatas associadas à pobreza.
- A pobreza não tem rosto — provérbio usado para discutir estigmas (variante crítica).
- Os pobres estão sempre com nós — expressão remontando a textos bíblicos que reconhece a persistência da pobreza.
Contrapontos
- A pobreza não define o valor de uma pessoa — afirmação que contraria a desumanização implícita no provérbio.
- A sociedade deve proteger os mais vulneráveis — enfoque em direitos e dignidade humana.
- Não se deve naturalizar a exploração — crítica às estruturas sociais que permitem abusos.
Equivalentes
- Inglês
The poor are like lemons: born to be squeezed. (tradução literal usada para discussão crítica) - Espanhol
El pobre es como un limón: nació para ser exprimido. (variante literal encontrada na fala popular) - Francês
Le pauvre est comme un citron : né pour être pressé. (tradução literal para fins explicativos)