A quem nasceu para ser pobre, o ouro se torna em cobre.
Expressa a ideia de que a condição social ou a «sina» de alguém torna inútil ou insignificante aquilo que para outros seria valioso.
Versão neutra
Quem nasce destinado à pobreza vê o ouro como se fosse cobre.
Faqs
- Este provérbio é fatalista?
Sim. Sugere que a pobreza é uma condição determinada ou uma «sina», o que é uma visão fatalista. Hoje muitos criticam esse ponto de vista por ignorar causas sociais e económicas. - É ofensivo usar este provérbio?
Pode ser considerado insensível ou estigmatizante, porque implica que algumas pessoas nascem destinadas à pobreza. Evite-o em contextos profissionais ou ao comentar situações de vulnerabilidade. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Em conversas informais, ao discutir fatalismo ou sorte, ou ao citar tradição popular. Se o objectivo for criticar determinismo social, explicite esse contexto. - Há variantes modernas que evitem o tom fatalista?
Sim. Frases como «A pobreza não é destino» ou «As circunstâncias podem mudar com apoio e esforço» transmitem uma visão menos determinista.
Notas de uso
- Usado em contexto coloquial para comentar desigualdades económicas ou falta de sorte permanente.
- Tem um tom fatalista: atribui a pobreza a um destino ou natureza intrínseca, não a causas sociais ou escolhas.
- Pode ser considerado insensível ou classista; usar com cuidado, sobretudo em contextos formais ou sensíveis.
- Frequentemente aparece em conversas informais, comentários críticos sobre desigualdade ou reflexões sobre fortuna e azar.
Exemplos
- O pai dizia-lhe às vezes: «A quem nasceu para ser pobre, o ouro se torna em cobre», mas ela não aceitou e foi estudar para melhorar de vida.
- Depois de muitas tentativas falhadas, alguns vizinhos comentaram: «Parece que a quem nasceu para ser pobre, o ouro se torna em cobre», o que suscitou um debate sobre oportunidades e apoio social.
Variações Sinónimos
- A quem nasce pobre, o ouro lhe parece cobre.
- Quem nasce para pobre, o ouro vira cobre.
- Há quem nasça com a sina de ser pobre; mesmo o ouro não serve.
Relacionados
- Cada um colhe o que semeia (ênfase na consequência das ações)
- Deus dá o frio conforme o cobertor (aceitação resignada das circunstâncias)
- Cada um com a sua sorte (referência à ideia de destino)
Contrapontos
- Deus ajuda quem cedo madruga (valoriza o esforço em vez do destino)
- Quem não arrisca não petisca (promoção da iniciativa pessoal)
- A fortuna favorece os audazes (fortuna como resultado de ação)
Equivalentes
- es
A quien nace para pobre, el oro le parece cobre. - fr
Celui qui est né pauvre voit l'or comme du cuivre. - en
Who is born to be poor sees gold as if it were copper. (tradução literal; não é um provérbio corrente em inglês)